Tema polêmico dentro do governo e evitado durante a campanha eleitoral, a recriação de um imposto nos moldes da extinta CPMF tem o apoio declarado da maioria dos governadores do Nordeste, inclusive da oposição. Logo após sua eleição, a presidente Dilma Rousseff admitiu discutir com os governadores a volta de um imposto para financiar a saúde.
Entre os apoiadores da criação de um novo imposto para a saúde estão Jaques Wagner (PT-BA), Cid Gomes (PSB-CE), Ricardo Coutinho (PSB-PB) e Wilson Martins (PSB-PI). O posicionamento francamente contrário à criação de um novo imposto para financiar a saúde veio de dois dos maiores aliados da presidente Dilma na região: Eduardo Campos (PE) e Marcelo Deda (SE), anfitrião do encontro de governadores.
O pernambucano, por exemplo, citou como prioridade do governo na área da saúde a aprovação da Emenda 29, que eleva os percentuais mínimos a serem investidos no setor por União, Estados e municípios.



A saúde pública não se resolve com planejamentos localizados, até mesmo porque é impossível tal planejamento ter êxito, face a mobilidade social. Enganam-se ou querem enganar ao povo aqueles que propagam que o problema é de orçamento deficitário, o que não é verdade, já que o maior orçamento é exatamente o do Ministério da Saúde. A saúde pública de qualidade passa por um planejamento regional descentralizado e desconcentrado, com a criação de pólos médicos públicos com verba proporcional a abrangência de sua população, sob a administração municipal, bem como, por um compromisso dos profissionais da saúde com a coisa pública. Falta um choque de gestão para que esse serviço público possa melhor ser prestado àqueles que dele precisam.
Arrecadar mais pra desviar mais?Que tal investir melhor?Esses caras só querem é dinheiro e o povo que se exploda!