Beneficiamento do umbu vira fonte de renda na zona rural de Petrolina

por Carlos Britto // 24 de janeiro de 2011 às 17:48

Fruto típico do semiárido nordestino, o umbu tem se transformando em boa alternativa de renda para os sertanejos. Um exemplo disso é a comunidade do Icozeiro, na zona rural de Petrolina.

Lá, um grupo de 20 mulheres foi capacitado pela 3ª Superintendência Regional da Codevasf e já começa a colher, literalmente, os frutos desse trabalho.

O beneficiamento do umbu é uma das ações do Projeto Pontal Sequeiro, programa oferecido pela Codevasf e desenvolvido pela empresa Projetec, para capacitação e treinamento das famílias desapropriadas pelo projeto irrigado.

O umbu colhido na área de sequeiro do Projeto Pontal é vendido para a Associação Comunitária dos Produtores Rurais do Icozeiro por preços que variam conforme a destinação da fruta: mesa ou processamento. De acordo com a vice-presidente da Acopri, Eliete de Souza Rodrigues, a produção de polpa, doce e geleia de umbu da marca Vale do Pontal já está disponível para compra numa rede de supermercado e uma quitanda em Petrolina. Além disso, faz parte do cardápio de 20 entidades mantidas pela prefeitura de Petrolina.

Eliete Rodrigues conta que, em 16 anos de existência, a Acopri nunca teve uma atividade rentável para seus associados e só agora, com a existência do Projeto Pontal Sequeiro, estão conseguindo levantar fundos de forma simples e barata. Com as primeiras vendas das guloseimas derivadas do umbu, a associação já adquiriu equipamentos como freezers, balança eletrônica, fogões e contentores.

A agricultora aposentada Maria das Graças relata que a extração e o beneficiamento do umbu, em menos de 15 dias, praticamente dobrou sua renda familiar. “Parece que é melhor que plantar feijão”, diz referindo-se à atividade extrativista do umbu. Segundo dados da Projetec, seis toneladas de umbu já foram colhidas no Pontal. A expectativa é que 25 toneladas da fruta sejam extraídas até março, quando termina a safra. (com informações/foto CM Codevasf)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários