Deu na coluna de Josué Nogueira, do Diário de Pernambuco: um pacto nacional de segurança vem por aí. A presidente Dilma Rousseff quer reunir todos os governadores para estabelecer uma política unificada de combate ao crime organizado entre União e estados. A mesma preocupação motivou mobilização semelhante nos governos anteriores. Mas, pelo que se vê a carência de resultados mais abrangentes e menos pontuais ou eventuais continua.
Os estudiosos do tema afirmam que o alvo das ações precisa atingir as causas do problema e não apenas as consequências. De qualquer modo, o plano da presidente tem o seu valor, uma vez que o enfrentamento do crime é tarefa necessária e urgente. No entanto, outra questão que precisa estar no topo da lista de prioridades do novo governo é a prevenção de catástrofes decorrentes da secular agressão ao meio ambiente.
A cada ano a natureza apresenta contas mais altas pelo uso demasiado e predatório de recursos naturais e, principalmente, pela invasão alucinada de áreas onde jamais existiu ordenamento. O resultado mais visível e doloroso dessa cobrança são as tragédias decorrentes das chuvas que, aliás, foram conhecidos in loco pela presidente na semana passada. Bem que Dilma poderia aproveitar a mobilização pretendida para o combate ao crime para convocar governadores e prefeitos a se comprometer com a prevenção de catástrofes ambientais.
A ineficiência do poder público nessa área tem permitido a destruição de cidades e a superlotação de IMLs e cemitérios. Tal qual o crime organizado e o tráfico de drogas, a questão precisa ser enfrentada com urgência. Um pacto – operante – entre gestores de diversas esferas seria um bom começo.
