Ministro FBC admite relicitar alguns contratos referentes à transposição do São Francisco

por Carlos Britto // 12 de janeiro de 2011 às 12:00

Na visita que fez a Salgueiro (PE), no sertão central, segunda-feira (10), o ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho deixou em aberto a possibilidade de alguns contratos da Transposição do Rio São Francisco passarem por um novo processo licitatório.

O ministro reuniu-se ainda ontem (11) com a ministra do Planejamento, Míriam Belchior, para tratar de outro problema referente à obra: sua readequação financeira. Segundo ele, serão necessários R$ 5 bilhões para concluir os serviços até 2013, quando este deveria ser o valor aproximado final. Avaliações do Tribunal de Contas (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU) indicarão a melhor maneira de conduzir os entraves contratuais da Transposição, com a chance de serem firmados aditivos.

“Nunca faltou dinheiro para a obra, que é de uma engenharia muito complexa. Tem problemas? Tem. As licitações terminaram redundando em preços muito baixos e nós vamos ter que fazer reedições de contratos para não haver interrupção. Precisamos resguardar o interesse público para fazermos tudo correto e dentro do prazo que queremos”, observou.

Bezerra Coelho chegou a afirmar, no final do ano passado, que o maior desafio será a gestão da Transposição, que ficará a cargo da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco (Codevasf), e não a conclusão civil do empreendimento. Apesar de começarem a surgir algumas dúvidas a respeito disto, o governador Eduardo Campos reiterou que não enxerga maiores problemas em lançar algumas licitações pela segunda vez.

“Licita de novo. São 90 dias. Não tem mistério. Tem que ver o preço do contrato e aqueles em que o detentor disser que não quer mais desse jeito é porque existem fatores de economia externa que impactam em custos diretos. Se o realinhamento não é possível juridicamente, não tem outro caminho senão colocar o edital na rua. É regra”, analisou. São mais de 40 contratos ao todo, mas ninguém soube informar quantos podem ser relicitados. (com informações de Fernando Clímaco)

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