Em publicação no Diário Oficial do Estado de Pernambuco nesta quinta-feira (6), foi sancionada a Lei nº 14.263, que proíbe a exposição indiscriminada de conteúdos impróprios para menores de 18 anos em bancas de revistas, cartazes, livrarias e locadoras de CDs e DVDs.
A medida divide quem trabalha com a venda desse tipo de material e até de mães que buscam proteger seus filhos da influência da pornografia. Para os proprietários de bancas de revistas, a lei vem somar-se como mais um empecilho que pode representar prejuízos ainda maiores após o aumento da concorrência desleal da internet e dos dvd’s piratas.
Os efeitos práticos dessa medida só serão sentidos a partir do mês de abril, noventa dias após a publicação, quando a lei passa a entrar em vigor. Para comercializar produtos com conteúdos adultos, será necessário reservar espaço próprio, de menor visibilidade onde o material poderá ser exposto, longe do campo de visão coletivo e público.
Entre as punições previstas no texto estão multa no valor de R$ 2 mil e até a cassação da Inscrição Estadual dos estabelecimentos que insistirem na exibição dos materiais. O argumento é que o atual cenário viola o artigo 78 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que, para proteger os menores de 18 anos, institui que revistas, livros, cds e dvds devem ser comercializadas em embalagens opacas lacradas ou com selos que indiquem o conteúdo impróprio, cobrindo as imagens provocativas.



A lei, como é de se esperar, deverá blindar o acesso aos materiais pornográficos impressos ou em vídeo distribuidos em bancas de revistas.
Entretanto, a medida é ineficaz, visto que a divulgação e distribuição de matérias do gênero estão hoje, de modo gratuíto, muitas vezes, a disposição de qualquer um que tenha acesso a internet.
Assim, percebe-se que não adianta proibir o mínimo e continuar liberando o macro.
Acho que essa lei ajuda sim. Hoje o sujeito leva o filho na banca para comprar um gibi e fica horrorizado com a quantidade de material pornográfico saltando aos olhos. Provavelmente isso vende muito mais do que “revistas de família”, mas não deveríamos ser obrigados a expor nossas crianças dessa forma.