Projeto prevê distribuição de filtro solar a trabalhador

por Carlos Britto // 09 de dezembro de 2010 às 11:27

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou projeto que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a distribuir protetor solar gratuitamente à população. A proposta especifica o tipo de filtro com fator 12 (FSP 12). O autor do projeto, deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), argumenta que a maioria das pessoas que desenvolvem câncer de pele é de trabalhadores rurais, carteiros e catadores de papel. “É de conhecimento geral que os bloqueadores custam muito caro para os padrões salariais dos brasileiros. Nas farmácias temos desconto em remédios e não nos protetores solares, por serem considerados supérfluos“, afirmou Lobbe Neto.

Junto com o projeto, a CCJ aprovou uma proposta que obriga o empregador a fornecer protetores ou bloqueadores solares a trabalhadores que, no exercício de suas atividades, estejam expostos à radiação solar direta. Independentemente do tempo de jornada, o projeto considera o horário entre 7 horas e 18 horas. O empregador que descumprir a obrigação está sujeita a multa de R$ 1,3 mil por cada trabalhador exposto ao sol sem a proteção.

Outro projeto aprovado na comissão altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para incluir a exposição ao sol como fator de risco do trabalhador. “A exposição direta e contínua da pele aos rigores do sol é o principal desencadeador do câncer de pele. Os empregados não podem optar, sob pena de demissão, por exercer ou não determinada atividade debaixo do sol escaldante e, também, não podem arcar com os custos dos equipamentos de proteção“, argumenta a autora do projeto, ex-deputada Telma de Souza (PT-SP).

Os três projetos têm caráter terminativo, ou seja, podem seguir para votação no Senado, sem passar pelo plenário da Câmara. Os projetos só seguirão ao plenário se houver recurso. (Foto ilustrativa)

Projeto prevê distribuição de filtro solar a trabalhador

  1. Dreda disse:

    Em relação ao fornecimento de protetor solar para trabalhadores que trabalhem diretamente no sol eu sou a favor. Protetor solar é um EPI, e deve ser fornecido pelo empregador, mas o fator de proteção deve ser no mínimo 30, e não 12 como sugere o projeto.

    Em relação ao segundo projeto, de incluir o sol como fator de risco, pergunto qual o objetivo disso? Conseguir benefício financeiro? Acho isso perigoso, porque não existe nada que não exponha a nenhum risco: quem trabalha no trânsito corre risco de acidentes, quem trabalha em escritório fechados com ar condicionados corre o risco de infecções respiratórias, todo mundo corre risco de alguma coisa…

  2. Eu acho é graça! disse:

    Na verdade é mais “uma” de nossos legisladores para acabar de matar os empregadores deste país… Já existe EPIs para este tipo de risco. Diminuir impostos e aumentar o números de contratações eles não fazem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários