Encontro na UPE discutirá laços entre Brasil e África que poucos conhecem

por Carlos Britto // 24 de novembro de 2010 às 09:02

A escravidão negra é um dos momentos históricos mais conhecidos da ligação que o Brasil tem com a África. Mas este elo vai muito além. No processo de colonização do País, certamente a maioria das pessoas não sabia que também vieram para cá negros abastados, entre eles reis e traficantes dos próprios negros, e até escravos adeptos do islamismo.

Esses detalhes peculiares deverão ser abordados no 1º Colóquio Africanidades em Sala de Aula, promovido pelo Departamento do Curso de História da Universidade de Pernambuco (UPE)/campus Petrolina, que será aberto nesta quarta-feira (24), às 19h no auditório da UPE, e prossegue até sexta (26).

Segundo a coordenadora do evento, professora Shyela Farias, a ideia é abrir horizontes de uma África que poucos ainda conhecem. “O encontro vai mostrar as riquezas da áfrica como berço da humanidade”, explicou.

Durante os três dias também serão discutidos temas como religiosidade, cultura e beleza dos negros, através de um workshop e mesa redonda com vários especialistas. Além disso, estudantes do curso deverão apresentar seus trabalhos mostrando os vários aspectos da escravidão no Brasil. “A escravidão não foi igual em todo o País, houve muitas revoltas por parte dos negros, inclusive com a prática do infanticídio e do suicídio. há casos até de escravos que envenenaram seus donos”, revelou a professora Shyela. O evento é aberto a professores do ensino fundamental e a toda a comunidade.

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