A depender de decisão do Tribunal Superior Eleitoral, onde a questão se encontra, a bancada eleita para a Assembleia Legislativa da Bahia pode sofrer uma alteração, com o ingresso do Capitão Tadeu, primeiro suplente da coligação PSB-PSL. Embora não seja palavra definitiva, em razão da dificuldade dos cálculos, comenta-se nos bastidores da Casa que, em consequência, o DEM perderia uma cadeira, passando o deputado reeleito Paulo Azi à condição de suplente.
Segundo informações do site Por Escrito, o próprio Azi desconhece o assunto, que pode ser assim resumido: o candidato Wank Medrado, do PSL, obteve 12.334 votos, mas a candidatura foi impugnada sob a alegação de irregularidade em sua campanha para prefeito de Juazeiro em 2008. Caso os votos sejam computados, mudará a distribuição de cadeiras entre as coligações, beneficiando Tadeu e supostamente atingindo Azi. O Ministério Público Eleitoral deu parecer contrário ao candidato Wank no processo em análise pelo TSE.
Wank Medrado disse que irá quarta-feira (13) a Brasília, acompanhado do advogado Antônio Guerra, “para diligenciar pelo assunto no TSE“. Adiantou que seu objetivo “não é beneficiar este ou aquele candidato“, mas “prestar contas” a quem votou nele e validar-se para eventual disputa eleitoral futura. Na campanha de 2008, segundo ele, recebeu em cheque uma doação de R$ 5 mil na sexta-feira anterior à eleição. Como iria precisar do dinheiro imediatamente, optou por sacá-lo no banco em vez de depositá-lo na conta bancária da campanha. “Por boa-fé, declarei o valor na prestação de contas, e foi por isso que a Justiça Eleitoral tomou conhecimento“, afirmou.
A defesa de Wank se baseia na Lei 12.034/09. “Essa lei diz que quem prestou contas em tempo hábil e corretamente poderá candidatar-se independentemente da aprovação ou desaprovação da contas”, afirmou. Antes disso, havia uma resolução do TSE que cassava a candidatura em caso de conta rejeitada, mas ele argumenta: “A lei prevalece sobre a resolução”.


