Luiz Bassuma (PV), que teve cerca de 5% dos votos na Bahia para o cargo de governador, já decidiu quem vai apoiar na candidatura à Presidência da República. Em entrevista a TV Bahia, o político afirmou que devido as suas convicções pessoais irá apoiar José Serra (PSDB). “O PT tentou cassar a minha liberdade de expressão“, disse.
Bassuma ainda informou que não apoiará a candidata do PT por ela ser, segundo ele, a favor da legalização do aborto. “Sou contra o aborto. Dilma tem opinião a favor. E isso pra mim é crucial. Sempre lutei pela defesa da vida e não para legalizar a morte. Estou a favor de Serra“.



Em entrevista à Radioagência NP, o integrante da coordenação nacional da Organização Consulta Popular, Ricardo Gebrim, discute o cenário do segundo turno para a presidência. De acordo com ele, a campanha entra em uma fase crítica: as forças populares devem buscar unidade pela vitória de Dilma (PT) contra a vitória de José Serra (PSDB) e o retorno da direita ao poder. Gebrim também analisa a votação expressiva de Marina Silva (PV), que conquistou quase 20% dos votos válidos, e diz que houve avanço, ainda insuficiente, na configuração do Congresso Nacional.
Radioagência NP: O que representa o resultado do 1º turno para as forças populares do Brasil?
Ricardo Gebrim: Em relação às eleições dos presidenciáveis, nós podemos afirmar que não interessou às forças populares a existência de um segundo turno. O melhor desfecho era que Dilma Rousseff fosse eleita no primeiro turno. O segundo turno abre condições e risco para que a direita avance na sua ação ofensiva, com as forças mais reacionárias do último período. Isso coloca [ao PT e aos movimentos sociais] uma campanha difícil como também irá possibilitar que muitas pressões conservadoras recaiam até mesmo sobre a candidatura Dilma. Então, nesse momento é fundamental que a gente consiga unificar o conjunto dos setores populares, que votaram em outros candidatos, como na Marina, para derrotar o Serra e garantir a vitória na Dilma.
RNP: Por que a vitória Dilma é considerada mais promissora para o avanço das forças populares que a vitória do Serra?
RG: Por vários motivos. O primeiro deles é que dá continuidade a um posicionamento geopolítico do Brasil, que não só vem apoiando iniciativas importantes no nosso continente, como possibilitou o apoio em várias situações fundamentais, como no episódio do golpe em Honduras, no apoio das iniciativas continentais que fortaleceram países como a Bolívia, a Venezuela e Equador. Mas não só no âmbito mundial. A candidatura da Dilma também representa esse leque de força, [que] nesse último período – ainda que não tenha sustentado o programa histórico das transformações – possibilitou que fosse barrado um conjunto de iniciativas ofensiva neoliberal que ficou marcada pelo governo de Fernando Henrique. [Ou seja] as ofensivas das privatizações, a ofensiva contra os direitos trabalhistas. Portanto, nós temos que fazer uma fortíssima campanha para impedir que a direita retome essa condição de força e consiga derrotar esse acúmulo que foi obtido nesses últimos anos.
RNP: Como a Consulta avalia a votação obtida pela Marina?
RG: A votação expressiva da Marina é algo que precisa ser melhor compreendida porque a candidatura dela tem vários temas contraditórios e antipopulares como no papel geopolítico do Brasil, a questão agrária e os direitos trabalhistas. É uma candidatura que se manteve bastante ambígua, para não dizer que em alguns momentos chegou a esboçar várias propostas conservadoras. Portanto, o voto acumulado pela Marina, embora tenha arrebanhado um conjunto de setores sensíveis ao discurso ambiental e a um processo de desenvolvimento que seja sustentável, também foi um voto que sinalizou um protesto e um descontentamento de uma parcela que se sente frustrada pelo governo Lula não ter avançado e implementado aquelas medidas históricas do programa democrático e popular do PT. O voto da Marina canaliza esse conjunto de eleitores, embora com um discurso bastante ambíguo e incerto.
RNP: E qual a expectativa para a campanha presidencial do 2º turno?
RG: Nós estamos ouvindo o conjunto da coordenação nacional e até o momento há uma forte unanimidade de que a gente tenha uma orientação clara e firme de todo esforço militante. Agora é hora de voltarmos à rua, voltarmos com a militância, retomarmos as atividades de campanha e, principalmente, de conseguirmos articular com aqueles setores e aqueles companheiros e companheiras que acabaram votando na Marina ou em outros partidos e propostas não vinculadas à candidatura Serra. Então é hora de tentar aglutinar esses setores, somar o máximo de energia, porque nós não podemos permitir a vitória do Serra. A vitória para o Serra é uma derrota para classe trabalhadora. Por isso que nesse momento temos que procurar esse eleitorado, conversar com ele e demonstrar o perigo de uma vitória da direita. E esse perigo real tem que ser enfrentado de uma forma bastante militante. A campanha nessa fase entra numa fase militante.
De São Paulo, da Radioagência NP, Aline Scarso.
Boa noite!!! Eles continuam a levantar esses comentários que visam desestabilizar a campanha da Dilma que nunca falou que seria a favor do aborto. Aliás, mesmo que ela o fosse, que diferença faria? Seria um posicionamento pessoal dela e não significa que essa prática seria por ela “implantada” no país, já que o legislativo teria se posicionar sobre a legalização ou não do aborto. Argumento deveras inconsistente, prá não dizer fajuto, esse do Bassuma.
Será se ele assistiu ao Jornal Nacional agora à noite? Cala a boca Bassuma!!!
o Pt sempre foi contra tudo , lula depois que se tornou presidente tambem não foi pt, seguiu a politica do governo anterior, senão não teria feiro nada.
As vezes os derrotados se agarram em alguma coisa, mesmo que seja mentira para justificar a sua raiva pela derrota.
Esse Bassuma não passa de um mero idiota, Não sei como um homem com uma mentalidade dessa conseguiu se sustentar na política por vários anos.
Mas é assim mesmo, cabeças pequenas pensam pequeno e não se sustenta por muito tempo.
Já recebeu o que merece. A DERROTA.
ESSA DILMA E A FAVOR DE LEIS DIABOLICOS, CONTRA A FAMILIA, TO FORA CONCORDA COM CRIME….
EU IA VOTAR NELA !!!!
MAS AGORA VOU VOTAR EM SERRA!
Para Dilma acredito que este não é o melhor momento da discussão sobre o aborto, afinal de contas estamos em plena movimentação da política eleitoral, em nome da política eleitoral outra ética se faz presente. Mas, de qualquer forma, acredito mesmo que o debate sobre a legalização do aborto no Brasil deve ser pautado sim, vamos dixar de hipocrisia de achar que ser A FAVOR ou CONTRA O aborto seja um mero posicionamento pessoal EU ACHO QUE DEVE SER PAUTA POLÍTICA!
A questão de Bassuma é pessoal, é com o PT, ele quer vigança pelo que aconteceu com ele DENTRO DO PARTIDO! Não acho que ele deva usar deste ódio, desta vingança para jogar com eleitores, me sinto usada quando alguém com o histórico admirável que ele tem usar do discurso político raso e frágil para se vingar do PT, aí eu digo Bassuma: NÓS QUE NÃO SOMOS FILIADOS DO PT, NEM DE OUTRO PARTIDO, NÃO TEMOS NADA A VER COM SUA VINGANÇA!
Que cidadão covarde esse Bassuma, usando de argumentos factóides, de forma sensacionalista, para justificar uma decisão política de seu grupo por atender a seus interesses. Nós temos hoje uma das imprensas mais livres do mundo, e isso concerteza não veio através do grupo político que ele diz apoiar. Sobre o “aborto”, independentemente do que ela (Dilma) ache (que por sinal declarou ser contra; eu sou a favor, tenho minhas convicções), isso vai além de seus poderes; um tema para o Congresso Nacional discutir. Agora usar isso para enganar a POPULAÇÃO desclarecida, principalmente os EVANGÉLICOS, levantando falso, é muita malcaretisse, é muita apelação, é muita sugeira.