MPF quer que alunos de escola pública de todo o país tenham benefício para ingresso na UFPE

por Carlos Britto // 18 de setembro de 2010 às 19:21

educacaoO Ministério Público Federal (MPF) quer que a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) conceda aos alunos de todo o país que estudaram exclusivamente em escola pública o benefício do programa de inclusão social. Em ação judicial, proposta pela procuradora da República Mona Lisa Duarte Ismail, o MPF pede liminarmente que a Justiça Federal determine à universidade a alteração do edital do vestibular 2011.

De acordo com a ação, a UFPE deve dar o incentivo de 10% na pontuação final de classificação aos candidatos que estudaram os três anos do Ensino Médio unicamente em escola pública de qualquer unidade da federação.

A universidade deverá também excluir do edital a concessão de incentivo para estudantes provenientes de escolas particulares do interior pernambucano, situadas fora da Região Metropolitana do Recife, que concorrerem a vagas nos campi de Vitória de Santo Antão e Caruaru. A UFPE estabeleceu para esses alunos o direito a 5% de acréscimo na média.

Divulgação e multa – Caso o pedido do MPF seja atendido pela Justiça, a universidade será obrigada a fazer ampla divulgação das alterações do edital nos sites da Comissão de Processos Seletivos e Treinamentos (Covest) e da própria UFPE.

De acordo com a assessoria de imprensa, em caso de descumprimento da decisão, o MPF pede o estabelecimento de multa diária no valor de R$ 10 mil. Outro requerimento à Justiça diz respeito à condenação da universidade a não usar esses critérios nas próximas seleções de vestibular.

MPF quer que alunos de escola pública de todo o país tenham benefício para ingresso na UFPE

  1. Claudilson disse:

    Como todos nós já sabemos o Brasil é o país dos excluídos.Antes eram os que estudavam em Escolas Públicas e agora são os que estudaram em escolas particulares. De agora em diante Universidades Públicas só prá quem estudou em escolas Públicas, o que mais vão fazer prá tirar de uns e dá a outros.Brasil país de Tupiniquins , basta ter pão e água prá ter festa.

  2. Desconstruidor de Discurso disse:

    Já sou formado, e sou favorável a cota social. O fato de uma pessoa nascer abastada, não deve ser o diferencial na hora de ingressar em uma universidade. Tem muita gente boa nas camadas mais baixas que não tem como concorrer com aqueles que tiveram o melhor ensino.

  3. Maria Claudia. disse:

    Concordo.Não usamos os serviços píblicos em educação do país e quando necessitamos ingressar na universidade pública somos obrigados a ficar de fora, mesmo com notas mais altas..Infelizamente a educação ja virou um acaso, meramente uma questao política..Não importam mais os que estudam, a qualidade, mas sim apenas os números, a quantidade.Realmente, o país,assim, nunca vai pra frente.

  4. Maria Claudia disse:

    Retifico que concordo com o senhor Claudilson..o fato de os alunos de escola pública não terem bom ensino deve ser resolvido de outra forma e não com prgramas q incluam uns, sem merecer, e excluam outros..Não se deve ‘tapar o sol com a peneira’..O sistema de cotas para alunos de escolas públicas só aumenta as diferenças.

  5. Rodrigo disse:

    De fato, cotas de qualquer tipo, na minha opinião, apenas desfavorecem aqueles que, em muitos casos, se esforçaram em demasia, para depois de tudo, serem excluidos por causa das COTAS que o governo oferece para as pessoas “menos favorecidas”, e dizem ser um PROGRAMA DE INCLUSAO SOCIAL. Ensinem o povo a pescar e parem da dar o peixe a eles, que as coisas mudam de rumo…

  6. Leal disse:

    Concordo que deve existir sim as cotas para aluno de escola pública, não que o aluno de escola pública não tenha capacidade, e sim porque ele não tem condições de concorrer com o ensino de uma instituição privada, é muito diferente o ensino e bem mais avançado…
    E não concordo com os colegas Rodrigo e Maria claudia, Pois do mesmo jeito que um ou dois se esforçam em demasia existem vários que se encontram nas mesmas condições.

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