A sessão extraordinária da última sexta-feira (27), na qual os vereadores da Casa Plínio Amorim aprovaram de goleada (nove votos a zero) o projeto de lei do prefeito Júlio Lóssio que garantiu a destinação de R$ 300 mil para o Petrolina, ainda continua dando o que falar.

Em entrevista ontem (30) no programa Carlos Britto no Ar, a vereadora Márcia Cavalcante (PMN) – que não participou da sessão, juntamente com a líder de oposição, Anatélia Porto (PSL) – ratificou as críticas que a levaram a não votar no projeto e disse que houve pressão interna para aprovar o mesmo.

Voltando a lamentar a quebra no Regimento Interno da Casa, que desconsiderou o prazo de 72 horas para a convocação de uma reunião extraordinária, Márcia disse não entender a pressa dos colegas em votar o projeto. “Justiça seja feita: em nenhum momento o prefeito pressionou pela aprovação do projeto. A pressão partiu do próprio Legislativo”, ressaltou.

A líder da oposição, Anatélia Porto, aproveitou para justificar porque também deixou de comparecer na sexta-feira. Ela, inclusive, chegou a emitir um parecer que foi lido durante a sessão, explanando seus motivos por ter sido contra o projeto. Para a vereadora, apesar da emenda feita por Lóssio ao projeto, que estendeu o benefício a todos os clubes da cidade, a finalidade do mesmo não atinge os objetivos de subsidiar o esporte amador (conforme a Constituição Estadual e a Lei Orgânica Municipal). Ela também lamentou como um projeto que foi retirado na quarta-feira da semana passada e reenviado na quinta, pôde ser votado no dia seguinte (sexta). “A população tem o direito de saber com antecedência o que vai ser votado”, desabafou. 

Complementando as palavras de sua colega, Márcia afirmou que a emenda ao projeto determinando que 50% do elenco dos clubes petrolinenses sejam de atletas oriundos dos Jogos da Integração não está claramente configurada como uma contrapartida social do município, conforme as leis citadas determinam.