Sem papas na língua, o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) não poupou críticas aos adversários de seus correligionários pernambucanos durante comício no Marco Zero, no Recife Antigo. Na noite de sexta-feira (27), Lula pediu o apoio da população pernambucana para que fossem eleitos os políticos da Frente Popular – Dilma Rousseff (PT) para a presidência, Eduardo Campos (PSB) para o Governo e a dupla Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT) para o Senado, além dos deputados federais e estaduais.

Empolgado, o presidente brasileiro disse que algumas pessoas tratam como se seu governo já tivesse acabado, mas que ainda falta pouco mais de quatro meses. “Tem caneta ainda para pintar miséria nesse País“, ironizou com a oposição e com os próprios aliados. Mas, o ponto alto da noite foi a série de acusações contra os adversários da Frente Popular que foram feitas de cargo em cargo. Ao pedir apoio aos candidatos ao Senado pernambucano, Lula instigou a população sobre as realizações do principal candidato a senador pela chapa de oposição Pernambuco pode Mais, Marco Maciel (DEM), em seus cargos ocupados no governo regional e nacional.

“No tempo que ele era vice-presidente, o que foi que ele trouxe para pernambuco?” A pergunta foi respondida com um sonoro “Nada” da população. Ele ainda se referiu ao segundo candidato a senador da oposição, Raul Jungmann (PPS), como “aquele menorzinho” se referindo a importância do político nessas eleições. “Pernambuco de Arraes, de Frei Caneca e de Eduado Campos não pode votar nesse tipo de gente”, finalizou as críticas contra os possíveis senadores.

Para convocar a população a votar em Eduardo Campos para a reeleição no Governo do Estado, Lula disse que o candidato não precisa de apresentações, minimizando a disputa dele com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). “Se continuar do jeito que está, o adversário dele vai ter que pagar ponto do Ibope para ele“, alfinetou. Lula ainda se derreteu em elogios ao atual governador Eduardo Campos dizendo que com o socialista o Estado vai crescer muito mais.

“Pernambuco avança 30 ou 40 anos em oito anos. Se eu pudesse eu transferia meu voto só para você em você, companheiro”, brincou. O presidente também lembrou os eleitores dos tempos da ditadura, citando que Arraes foi o único político que ele veio receber quando voltou do exílio, e não perdeu tempo em dizer que os atuais adversários da Frente Popular de Pernambuco não sabem viver com a democracia.

Foto: JC Online