3ª Jornada Literária da Chapada do Araripe é encerrada com ‘chave de ouro’

por Carlos Britto // 25 de maio de 2015 às 21:50

RécitaFlavio e bandaO céu de Bodocó ficou mais colorido no último sábado (23). Na Agrovila Várzea do Meio, fogos de artifício reluziam e anunciavam o encontro da literatura com a poesia e a música. Era noite de encerramento da 3ª edição da Jornada Literária Chapada do Araripe, realizada pelo Sesc Pernambuco.

Após percorrer as cidades de Araripina, Trindade, Ipubi, Ouricuri, Granito, Exu e Moreilândia, a terceira edição da Jornada despediu-se em Bodocó. De 13 a 23 de maio, a programação recheada de atividades formativas de estímulo à leitura proporcionou grandes encontros para a difusão da literatura e suas oralidades através do universo da palavra e seus formadores.

A Jornada trouxe ainda em sua programação atividades como alvoradas, recitais, visitas de escritores a escolas, mesas de glosa, rodas de conversas e leituras, cantorias e intervenções.

Entre prosas e metáforas, o homenageado da terceira edição, o bodocoense Lourival Holanda tocou “um dedo de prosa” com outro bodocoense, o jornalista e escritor Cícero Belmar. Na conversa, Lourival, professor do curso de pós-graduação de Letras da UFPE e diretor da Editora Universitária da mesma universidade, recordou sua infância em Bodocó e falou do amor pela literatura que herdou da sua avó Dona Maria Holanda.

 “Meu imaginário é marcado pelas loas da minha avó e as lembranças da minha infância no sertão,” disse. Lourival agradeceu à coordenação do Sesc pela homenagem e ressaltou: “a Jornada Literária tem uma função mais que pedagógica. Ela faz toda uma região sonhar e despertar para a literatura.” Para ele a literatura tem a função de gerar expectativa. “Quando você lê, você alarga o seu próprio universo,” afirmou.

Poemas

Após as honrarias ao homenageado, os poetas Paulo Moura, Zé Andrade, Cida Pedrosa, Joy Carlu e Silvana Menezes, uniram-se em récita e declamaram poemas com motes que versavam entre amor, infância, sertão, política, natureza e saudade.

No cenário da casa de taipa, o público se deixou embalar pelas canções revividas em uma serenata de artistas bodocoenses: Zé Pereira, Miguel Filho, Carlinhos e Paulo de Bilinha. Aos 75 anos, seu Zé Pereira lembrou com nostalgia seu amor pela música. “Toco desde os 12 anos e me senti muito bem quando me convidaram para fazer essa serenata. Fazia muito tempo que não participava de uma. Quero participar da Jornada novamente por muitos anos ainda.”

Para encerrar a Jornada Literária 2015, Flávio Leandro cantou seu autêntico forró nordestino, animando o público. Revelando que estava duplamente feliz por estar pela terceira vez encerrando a Jornada. O ‘Poeta Cantador’ (como é conhecido), natural de Bodocó, também faz parte do berço de artistas da Várzea do Meio.

Em suas palavras, Andréa Pedroza, gerente do Sesc Ler Bodocó, destacou a importância da Jornada para a região do Araripe. Ela agradeceu a toda a equipe de execução do evento e rendeu agradecimentos em especial ao gerente de cultura do Sesc Pernambuco e coordenador geral da Jornada, José Manoel Sobrinho, e aos curadores do evento, Cida Pedrosa e Sennor Ramos. “O Sertão é grato por vocês terem trazido a arte da poesia para cá. O Sesc Pernambuco transformou o Araripe em corredores culturais, trazendo a cultura da arte e da leitura,” enfatizou. (com a colaboração de Elba Galindo/para o Blog/foto reprodução)

3ª Jornada Literária da Chapada do Araripe é encerrada com ‘chave de ouro’

  1. SAVANNA disse:

    BRAVOOOOOOOOOOOOOOOOO BODOCÓ DE FILHOS ILUSTRES!!!!!!

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