1ª etapa do Rally dos Sertões em Petrolina é exigente e desgastante para pilotos e navegadores

por Carlos Britto // 13 de agosto de 2023 às 12:58

Foto: RallyBR/reprodução

O maior rally das Américas se apresentou a pilotos e navegadores neste sábado, mostrando sua cara e confirmando as expectativas de uma edição dura, técnica e exigente. A especial da primeira etapa, disputada em laço, com largada e chegada em Petrolina, deu bastante trabalho aos competidores, sob o sol forte do sertão nordestino. A vegetação típica da região, com cactos e arbustos, foi o cenário para um dia de poeira, pedras e diferentes tipos de piso que revelou quem começa na frente na luta pela vitória geral.

Nos carros, Lucas Moraes e Kaíque Bentivoglio (Toyota GR Hilux DKR T1+/ MEM Overdrive) começaram o rally como terminaram o do ano passado: como os mais rápidos. Se existe sorte de campeões, eles mostraram a sua: o pneu furado foi trocado numa zona de radar, sem prejuízo de tempo. Os dois paralamas dianteiros destruídos mostraram como não foi fácil acelerar nos trechos mais estreitos, entre galhos e pedras.

Os pneus, aliás, foram a dor de cabeça das duplas com os Prodrive Hunter T1+. Marcos Baumgart e Kleber Cincea tiveram três furados, e precisaram contar com um ‘empréstimo’ de Cristian Baumgart e Beco Andreotti (que também sofreram com um furo). Em sua primeira experiência com a Toyota GR Hilux T1+, Sylvio de Barros fechou a etapa como segundo mais rápido.

Borracha pelo caminho também nos UTVs. O balanço dos atuais campeões Rodrigo Varela e Matheus Mazzei foi de dois furos, que fizeram a dupla perder tempo. Furo também para Jean Azevedo e Idali Bosse (Polaris RZR Pro R / T+A Rally Team). Fábio Pirondi e Marcelo Ritter (Can-Am Maverick X3 / Cotton Racing) conseguiram escapar das pedras para abrir a disputa como primeiros líderes. Numa modalidade com 90 duplas inscritas, as diferenças foram maiores que as de costume. Mais jovem campeão da Stock Car e dono de uma carreira internacional de sucesso no asfalto, Felipe Fraga (Can-Am Maverick X3 / FF Motorsport) mostrou que é do ramo na terra, com o nono tempo.

Ousadia

Sobre duas rodas, o norte-americano Mason Klein (KTM 450 Rally Replica / DM Workshop) não precisou de muito tempo para mostrar seu talento. Se o Sertões BRB é uma grande novidade para ele, o californiano tratou de acelerar forte. Terminou a etapa com a roda dianteira bastante danificada pelo choque com uma pedra. E viu sua aposta ousada dar resultado. Klein escolheu ser o primeiro a largar para a especial e, com isso, não contou com nenhuma referência como o rastro das demais motos. Nem precisou dele.

Classificação (etapa e geral)

MOTO

1) Mason Klein (EUA), KTM 450 Rally Replica, (1) MT1, 4h28min57

2) Adrien Metge (FRA), Yamaha WR 450F, (2) MT1, 4h33min05

3) Martin Duplessis (ARG), Honda CRF 450RX, (3) MT1, 4h39min12

4) Ricardo Martins, Yamaha WR 450F, (4) MT1, 4h40min30

5) Bissinho Zavatti, Honda CRF 450RX, (5) MT1, 4h45min40

CARRO

1) Lucas Moraes / Kaíque Bentivoglio, Toyota GR Hilux DKR, (1)T1+, 4h10min51

2) Sylvio de Barros / Ramon Sacilotti, Toyota GR Hilux DKR, (2)T1+, 4h18min29

3) Cristian Baumgart / Beco Andreotti, Prodrive Hunter, (3)T1+, 4h19min54

4) Mauro Guedes / Eduardo Bampi, Toyota GR Hilux DKR, (4)T1+, 4h25min08

5) Marcos Baumgart / Kleber Cincea, Prodrive Hunter, (5)T1+, 4h26min46

UTV

1) Fábio Pirondi / Marcelo Ritter, Can-Am Maverick X3, (1) UT1, 4h27min54

2) Marcus de Wit / Caio Spolidorio, Can-Am Maverick X3, (2) UT2, 4h32min56

3) Ricardo Basso / Robson Schuinka, Can-Am Maverick X3, (3) UT2, 4h33min30

4) Deni Nascimento / Gunnar Dums, Can-Am Maverick X3, (2) UT1, 4h34min00

5) Bruno Varela / Gustavo Bortolanza, Can-Am Maverick X3, (2) UT1, 4h34min31

QUADRICICLO

Wescley Dutra, Yamaha Raptor 700, (1) QDA, 5h52min06.

A segunda etapa da prova acontece neste domingo (13), com o seguinte trajeto: Petrolina/Juremal (BA)/Petrolina (laço). O deslocamento inicial tem 18km; o especial, 174km; e o deslocamento final, 54km.

A especial começa com trechos estreitos e sinuosos; muitas depressões e erosões. Entre os quilômetros 38 e 43, pilotos e navegadores encaram um trecho de muita navegação; um verdadeiro labirinto. A prova fica mais solta por cerca de 60 quilômetros (com direito a um retão de 13km em que serão registradas as maiores velocidades do rally). Em seguida, chega a estradinhas menores, com areia, piçarra e cascalho. Na última parte as velocidades aumentam em estradas de fazenda. mas é preciso atenção com as depressões, mata-burros e colchetes estreitos. (fonte: RallyBR)

1ª etapa do Rally dos Sertões em Petrolina é exigente e desgastante para pilotos e navegadores

  1. Parabéns aos envolvidos nessa disputa memorável, o sertão nordestino é pedreira, os prejuízos naturalmente serão recompensados para todos independente de una vencerem que é o objetivo dos que largaram nas estradas do nosso sertão Nordestino, com um cenário exclusivo, de belezas incomum. ❤

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários