Trânsito caótico continua aborrecendo motoristas em Juazeiro

por Carlos Britto // 02 de junho de 2017 às 07:20

As ruas de Juazeiro (BA) estão saturadas de veículos. O trânsito, nos horários de pico, tira a paciência de muitos motoristas, ficando cada dia mais difícil circular pelo Centro da cidade nas primeiras horas da manhã, início da tarde e começo da noite.

De acordo com informações do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA), o número de veículos emplacados quase triplicou nos últimos dez anos em Juazeiro. Dados do órgão revelam que a frota saltou de 29 mil para quase 90 mil veículos (incluindo automóveis, motocicletas, ônibus e caminhões).

A realidade mostra que as melhorias no trânsito e na infraestrutura não acompanham a demanda da frota. O resultado não poderia ser outro: trânsito lento, congestionamento e estresse para os motoristas e usuários do transporte coletivo.

A reportagem do Blog percorreu, no início da noite de ontem (1º), alguns trechos onde ocorrem engarrafamentos na área central de Juazeiro e ouviu muitas reclamações. Na Avenida Santos Dumont, que finaliza na rampa de acesso à Ponte Presidente Dutra, já nas imediações da Orla, os motoristas não esperam o semáforo abrir e invadem a pista, aumentando os riscos de acidentes. O local mais tenso é próximo ao pontilhão, ao lado do Banco do Brasil, onde os veículos fazem a rotatória para pegar a Avenida Raul Alves, no Bairro Santo Antônio.

Por falar na Avenida Raul Alves, o congestionamento começa ainda no lado petrolinense da Ponte Presidente Dutra, muito antes da rampa de descida. A lentidão se complica porque os carros que vão pela Orla pegam essa avenida. Próximo ao semáforo das Lojas Americanas, esquina com a Rua do Paraíso, a situação fica ainda mais complicada, pois os motoristas invadem outro pontilhão – mesmo com o semáforo fechado, impedindo a passagem de pedestres.

Não dá para esperar, a gente tem que seguir, mesmo com o semáforo estando fechado para a passagem dos pedestres. Se você não avança, o carro que vem atrás bate no seu. É uma agonia e acontecem acidentes. Não tenho perspectivas de melhorias para isso aqui“, relatou o comerciante Osvaldo Pereira, sendo xingado por outro motorista que vinha atrás.

Quem vem pela Rua do Paraíso em direção ao Centro também não consegue passar e muitas vezes o congestionamento chega até próximo à Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), segundo relata o estudante Bruno Carvalho. “Tem carro parado lá perto da Univasf. Como não podemos fazer nada, a opção é esperar. Todo dia enfrento esse problema quando vou para Petrolina. Já fiquei aborrecido e agora estou acostumado.

Travessia Urbana

Uma das obras que prometem desafogar o trânsito nas vias de acesso ao Centro de Juazeiro e saída para os bairros é a Travessia Urbana, que já teve a sua primeira etapa concluída. Em reunião no início do mês de maio com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, o prefeito Paulo Bomfim obteve a garantia de que o segundo trecho deverá começar em breve.

Segundo a prefeitura, mais de R$ 14 milhões serão investidos no segundo trecho da travessia, que sairá do contorno do Mercado do Produtor, fazendo, inclusive, a via entre o entreposto e o Bairro Tancredo Neves, e segue pela BR-235, sentido estação de Piranga até o contorno da São Luiz, que será contemplada com alargamento de pista. O trecho que segue pela BR-407 e vai até o contorno do Bairro Lomanto Junior não sofrerá intervenções neste momento.

Trânsito caótico continua aborrecendo motoristas em Juazeiro

  1. wanderson disse:

    É um descaso com a população, a infraestrutura de mobilidade de Juazeiro é a mesma de décadas, é uma desordem total, não quero nem citar o abandono dos asfaltos. Impressionante como ninguém apresenta um projeto para desafogar o trânsito, cadê os vereadores desse cidade!?

  2. Fabiana Sousa disse:

    Prezado Carlos Brito…Temos uma saída simples e rápida para essa situação, seria a prefeitura colocar guardas de trânsitos nesses pontos no horário de pico!!!! É um absurdo o que acontece nessas avenidas e a prefeitura ou finge que não vê, ou não esta nem ai para a população.

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