São José do Belmonte: CPRH fará inspeção técnica em área da caatinga onde empresa espanhola pretende instalar placas solares

por Carlos Britto // 07 de dezembro de 2018 às 08:20

Usina de energia solar. (Foto: Reprodução) – arquivo Blog

Uma equipe de manejo da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) fará, na próxima semana, inspeção técnica na área onde uma empresa espanhola pretende instalar dois complexos fotovoltaicos na cidade de São José de Belmonte (PE), no Sertão Central. A vistoria será decisiva para definir se a Solatio Energia Gestão de Projetos Ltda deverá apresentar o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) à CPRH, uma vez que as usinas solares serão construídas sobre mais de 2 mil hectares na zona rural do município, onde predomina a vegetação de Caatinga, conforme explica a matéria trazida nesta quinta-feira (6) pela Folha de Pernambuco. A decisão é resultado da reunião técnica ocorrida na tarde desta quinta-feira (6) entre a Solatio e a CPRH sobre o projeto.

De acordo com o diretor-presidente da CPRH, Eduardo Elvino, a equipe de manejo verificará in loco se há a possibilidade de relocação do projeto para áreas degradadas a fim de que o impacto ambiental seja o mínimo possível. Caso haja a alternativa, a CPRH acatará o Relatório Ambiental Simplificado (RAS), de acordo com a resolução 279 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). “O empreendimento é de grande porte, e o RAS não detalha tecnicamente quanto de vegetação nativa será suprimida. Se não houver como relocar para áreas em processo de desertificação, exigiremos estudos mais complexos, ou seja, o EIA/Rima”, afirma o gestor.

Paralelamente a isso, um grupo de trabalho da CPRH analisará os documentos do projeto fotovoltaico. É o órgão estadual que concederá o licenciamento ambiental, como também ficará à frente de todas as fases técnicas da obra. De acordo com o RAS, um dos projetos compõe o Complexo Fotovoltaico Belmonte, que prevê a implantação das usinas solares Belmonte I, Belmonte II, Brígida I e Brígida Solar. Só essa estrutura ocupará 1.281,8732 hectares. Já o segundo complexo, a ser implantado numa área de 1.002,04 hectares, será composto pelas usinas Bom Nome I, Novo Brígida e Novo Brígida II. (Fonte: Folha de PE)

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