Em nota enviada à imprensa, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em jogar a responsabilidade para o Congresso sobre o afastamento de parlamentares envolvidos em corrupção. A polêmica foi criada por conta do senador Aécio Neves (PSDB), que está suspenso do cargo. O retorno ou não dele à Casa será analisado pelos senadores, em votação na próxima terça-feira (17).
“A defesa da integridade e o respeito ao mandato popular é um princípio básico da democracia. A decisão do STF não pode ser entendida como senha para a impunidade. O Senado Federal errou quando se omitiu, arquivando sumariamente o processo contra o senador Aécio Neves no Conselho de Ética”, diz a nota do PSB.
“O País exige de todos nós, que exercemos um mandato eletivo, por delegação da soberania popular, conduta ética e respeito ao princípio republicano de que ninguém está acima da lei. Defendemos que o voto seja aberto, porque assim se pauta a democracia, que exige de cada um o dever de assumir perante a Nação as suas próprias responsabilidades de forma transparente, não devendo se amparar, por conveniência política, no voto secreto”, continua.
“Estaremos na próxima terça-feira no plenário, aprovando as medidas cautelares pedidas pelo Supremo Tribunal defendendo o voto ostensivo, para que a população saiba a nossa posição e a dos demais membros do Senado. Honrar o mandato popular é exercê-lo sem transigir com corporativismos, pensando sempre no país e no povo”, encerra a nota, que foi assinada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e pelos senadores Lídice da Mata e Antônio Carlos Valadares (vice-lider do partido na Casa).
