Parlamentares se unem em defesa da autonomia da Chesf

por Carlos Britto // 23 de março de 2010 às 08:12

A luta pela autonomia da Chesf envolverá políticos de todas as esferas e dos mais diversos partidos. É o que ficou acordado, hoje pela manhã, em audiência pública da Comissão de Cidadania da Assembleia Legislativa sobre as conseqüências da reestruturação da Eletrobrás para o desenvolvimento de Pernambuco e do Nordeste. Entre os participantes do encontro estavam os líderes da Oposição, Augusto Coutinho, e do Governo, Isaltino Nascimento, além do líder do PT na Câmara, Fernando Ferro e do deputado federal Raul Henry. “Dizer que a mudança vai fortalecer a Chesf é um desserviço e uma visão equivocada dessa medida precipitada”, declarou Ferro. Henry criticou a falta de discussão com a sociedade.

Os três senadores pernambucanos também fizeram questão de apoiar a causa, que é de todos nós, independente de partidos políticos”, salientou a presidente da Comissão, Terezinha Nunes, que convocou a audiência. “Os funcionários também não devem se iludir com promessas, pois a Chesf tem mais de cinco mil servidores, enquanto a Eletrobrás, cerca de 200. Como será quando fortalecerem a operação longe daqui?”.

Integrantes do Ilumina Nordeste, do Clube de Engenharia e do Sindicato dos urbanitários destacaram a história da Chesf, as muitas ameaças de desmonte da empresa e sua importância para o desenvolvimento do Estado e Região. “Somos a favor do fortalecimento da Eletrobrás, mas não da destruição de uma empresa regional como a Chesf para centralização do poder no Rio de Janeiro. Isso não faz sentido”, ponderou José Antônio Feijó, do Ilumina NE.

Ao final da audiência, foi acordada a realização de um amplo debate sobre o tema, envolvendo, inclusive, as assembléias legislativas de outros estados nordestinos, com a presença do presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz, que mandou carta justificando a ausência e se colocando à disposição para esclarecer o assunto em outra ocasião.

Parlamentares se unem em defesa da autonomia da Chesf

  1. Francisco disse:

    Embora tenha votado em um desses parlamentares, acho que eles estão fazendo jogo de cena,pois este processo de transformação eletrobras começou,faz tempo e todos eles sabiam disso , mas só agora se posicionam contra, para afagar o valor sentimental que alguns funcionários veem na marca nordestina (CHESF).O que tinha que ser feito já foi feito.Acho que a CHESF será mais forte e o nordeste será bem representado em todo o Brasil e no exterior.Essa transformação era tudo que o PSDB/DEM não queria que acontecesse.Já era privatização do setor elétrico.

  2. Fernando disse:

    Engraçado… só pq vai prejudicar Recife, sede da CHESF, todos levantam a voz. Se a sede ficasse em Petrolina, ninguém estava nem aí. Lula levou o INSA de Juazeiro para Campina Grande, e nenhum parlamentar, nem de Petrolina nem de Juazeiro falou nada; Lula extinguiu a FRANAVE e nem parlamentar, nem de Petrolina nem de Juazeiro, falou nada.

  3. Fernando Beça disse:

    Prezado Francisco,

    O processo de transformação da eletrobras começou, faz tempo, é verdade. Agora com uma cortina de fumaça enorme que foi o PCR ( Plano de Carreiras e Remuneração) e outras discussões de cunho menor. Tudo isto colocado no sitio interno de todas as companhias. A NOSSA CHESF inclusive. O que acontece é que a mudança no estatuto da empresa foi feita na calada da noite, e ai é onde está a grande diferença.
    Convido-os a ler o que tem sido publicado no sitio CHESFSEMPRE em http://chesfsempre.blogspot.com
    A CHESF não irá para o exterior,irá prestando serviço para a Eletrobras.
    A sede sendo em Recife ou no Rio, tem muitas diferenças para quem vive na Região.
    Por exemplo a, Empresa de Pesquisa Energética – EPE. que atualmente faz o planejamento do setor Elétrico Nacional, que antes era feito na Eletrobras e que tem sede no Rio, está a fazer concurso para preencher vagas no seu quatro As provas serão realizadas no Rio, São Paulo e Brasília. Esta Empresa é nacional faz o planejamento Energético do Brasil, toda a Nação paga os seus custos com pessoal. Qual a chance das pessoas de Paulo Afonso, Boa Esperança, Maceió, João Pessoa e o resto do Nordeste terem esta vaga ?
    Será assim quando a sede for no Rio de Janeiro, que alias é muito solidário com o resto do Brasil, veja o caso do Petróleo. Os melhores empregos, que estavam em Recife, na sede, os empregos de engenheiros, economistas, administradores são peenchidos com pessoas oriundas de Campina Grande, Recife, Fortaleza, Maceió. E agora com o concurso até de Brasília. Os filhos dos empregados da Chesf e seus netos sempre tiveram facilidades de preencher vagas e realizarem concurso nesta empresa. Terão com a transferência ?
    Não pretendo ser o dono da verdade. Só estou a alertar sobre os riscos que o Nordeste terá com a “departamentização” da NOSSA CHESF.
    Esta questão não deve ser tratada como partidária.

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