Para Bancada de Oposição na Alepe, Estado termina 2015 “paralisado”

por Carlos Britto // 23 de dezembro de 2015 às 18:01

Alepe_Folha de PEA Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) fez um balanço das ações realizadas este ano pelo Governo Paulo Câmara e concluiu que Pernambuco termina 2015 “paralisado”. Para os deputados, o Estado parou em praticamente todas as suas áreas de atuação e não conseguiu, sequer, dar continuidade a projetos que vinha obtendo êxitos nas gestões anteriores do PSB à frente do Estado, sobretudo nas ações como saúde, segurança e educação.

A marca do Governo do Estado, nesse primeiro ano de gestão Paulo Câmara, foi de uma administração que decidiu terceirizar as ações e programas do governo, colocando toda a responsabilidade nas costas do Governo Federal“, destacou o Silvio Costa Filho (PTB), fazendo um balanço da atuação da bancada e a visão desse primeiro ano de Paulo Câmara. Para o deputado, o governador repassou ações que ele deveria assumir pessoalmente para secretários, como o Pacto pela Vida, e a gestão da saúde.

Segundo os opositores, a saúde e a segurança pública são as áreas onde  a inércia do Estado mais assusta os pernambucanos. Na saúde, a bancada realizou uma série de visitas a UPAs e hospitais e o cenário encontrado foi de desalento. Cirurgias canceladas por falta de insumos básicos, como gazes e esparadrapo, atrasos nos pagamentos a instituições que administram as unidades de saúde, recepções superlotadas, leitos de UTIs fechados e falta de medicamentos de uso contínuo – como para o tratamento de câncer.

De acordo com a deputada Teresa Leitão (PT), vice-líder da bancada, apresar de ser bastante heterogênea a oposição tem tido uma atuação coesa. “Não nos restringimos a apontar as falhas, embora esse seja um dos papeis da Oposição. Temos optado também por levantar o debate e discutir soluções“, reforçou.

Segundo Álvaro Porto, também vice-líder, o mais grave em relação ao debate levantado pela oposição no plenário da Alepe foi a insistência do Governo do Estado em dar o silêncio como resposta. “Em 2015 fomos à tribuna pelo menos cinco vezes cobrar ações do Governo, que se limitou a trocar o comando da Polícia“, alfinetou.

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