Médicos de Petrolina deflagram paralisação de advertência; prefeitura justifica que categoria recusou contraprosta

por Carlos Britto // 25 de julho de 2017 às 12:33

Os médicos da rede municipal de Petrolina cumpriram a ameaça e iniciaram, a partir desta terça-feira (25), uma paralisação de advertência de 72 horas. A decisão foi deliberada em assembleia da categoria, realizada no último dia 11 de julho, e conta com o respaldo do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe).

Amanhã (26) a categoria continuará o ato reforçando uma campanha de doação de sangue em prol do Hemope de Petrolina. na quinta (27), os médicos deverão realizar uma nova assembleia, a partir das 10h, na sede do Igeprev, para definir os rumos do movimento.

A categoria reivindica melhorias nas estruturas físicas das unidades e melhores condições de trabalho, regularidade da assistência farmacêutica e abastecimento de insumos, política de referência para especialista. Eles ainda cobram reajuste salarial escalonado e plurianual, de forma que haja recomposição dos salários atuais, que alegam estar defasados.

Prefeitura

Em nota enviada ao Blog, a administração municipal argumenta ter feito todos os esforços para conceder, dentro da atual realidade econômica do município, as melhorias reivindicadas pela categoria, sobretudo em relação aos salários. No entanto, não houve êxito porque os médicos recusaram a contraproposta.

Confiram a íntegra da nota:

Com relação ao reajuste salarial, a prefeitura municipal de Petrolina informa que concedeu um reajuste de 6.29%, a ser implantado na folha do mês corrente das categorias de leis especificas dos servidores oriundos da Secretaria de Saúde, inclusive os médicos. A proposta inicial, levando em consideração que esses servidores foram penalizados nos anos anteriores, seria de um reajuste de 5%, em cima do salário base, custeado com recursos próprios.

Após várias rodadas de negociações, o prefeito Miguel Coelho autorizou, mesmo em um cenário de dificuldade econômica, alterar o reajuste para 6.29%.  Mesmo diante de um quadro de dificuldade financeira e ausência de repasses dos programas federais para a viabilidade do aumento salarial dessas categorias, a gestão municipal resolveu assumir os custos do reajuste, a fim de que todos os servidores fossem contemplados.

Os médicos do município foram os únicos que não aceitaram a proposta do reajuste salarial. A prefeitura está aberta ao diálogo para resolver esse impasse e não prejudicar os serviços oferecidos à população.

Sobre as condições estruturais das unidades, a Secretaria de Saúde informa que assim que a gestão assumiu, foi realizado imediatamente um levantamento dos prédios da rede, identificando essa situação deixada pela gestão passada, a partir daí, foi solicitado um estudo com o setor de engenharia e os reparos iniciaram na última semana, seguindo um cronograma.

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