Justiça suspende reintegração de posse no Pontal

por Carlos Britto // 11 de setembro de 2017 às 13:00

A Justiça determinou à Polícia Federal (PF) que suspenda a desocupação de uma área do Projeto Pontal, na zona rural de Petrolina, onde estão cerca de 900 famílias de agricultores vivendo e produzindo nos Assentamentos Dom Tomaz e Democracia. A reintegração de posse, que foi impetrada pela 3ª Superintendência Regional (SR) da Codevasf, deveria acontecer nesta terça-feira (12).

Orientado pelos vereadores Gilmar Santos e Cristina Costa, além do senador Humberto Costa (todos parlamentares do PT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) conseguiu suspender a ordem de despejo. A 17ª Vara da Justiça Federal já determinou à Polícia Federal (PF), em Juazeiro (BA), de que não há liminar decretada de reintegração de posse do Pontal. O Ministério Público Federal (MPF) também está acompanhando o caso.

Os trabalhadores ocuparam a sede da 3ª SR na semana passada, tentando sensibilizar o superintendente Aurivalter Cordeiro e negociar a permanência das famílias numa área de 1.500 hectares do Pontal, onde já plantaram milho, feijão e mandioca para a agricultura familiar. Segundo informações, a Companhia tinha a orientação da Casa Civil, desde março de 2017, a procurar um local para relocação das famílias, o que acabou não ocorrendo.

O Projeto Pontal, localizado em Petrolina, está num perímetro de 33.526 hectares, dos quais 7.718 serão destinados à irrigação (3.588 etapa sul e 4.129 etapa norte), com captação de 7,8 metros cúbicos por segundo (m³/s) de água no Rio São Francisco e grande potencial para a fruticultura. O restante da área é destinado a atividades de sequeiro e reserva legal. (Foto: Ascom/vereadora Cristina Costa)

Justiça suspende reintegração de posse no Pontal

  1. Maurílio Rodrigues da silva disse:

    Acho mais do que justa essa decisão judicial,claro que o interesse desse superintendente,ajuda a família coelho,que por sua vez beneficia os grandes empresarios, o exemplo estaba Bahia,onde eles grilaram grandes partes de areas preservação e montaram empresas enormes de uvas e mangas,onde não fica nada pro baianos,todos sabem, que,barreiro de santa fé,santa filidade,agrobras,upa,hidrotec,entre outras,que beneficia dos.

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