Quem foi aos supermercados de Petrolina nos últimos dias  percebeu que o feijão é o assunto do momento e o motivo são os altos preços. Os consumidores que pagavam em torno de R$ 5 pelo quilo do feijão carioca agora terão que desembolsar quase o dobro para levar o mesmo alimento para casa.

O Blog esteve ontem (8) em um conhecido supermercado na Avenida da Integração onde o preço do feijão varia de R$ 5 a R$ 9,79 dependendo do tipo. Mas, em alguns estabelecimentos, o quilo do feijão pode chegar aos R$ 12.

De acordo com o gerente do supermercado – que preferiu não ter seu nome divulgado – os altos preços são registrados há cerca de uma semana e as vendas já caíram significativamente. “Já tem alguns dias que estes preços começaram a ser praticados e as vendas também já estão caindo. O que temos percebido é que as pessoas não deixaram de comprar o feijão, elas estão substituindo o carioca por o preto ou tipo branco que são menos procurados e mais baratos”, explica o gerente.

E saída das donas de casa tem sido mesmo a substituição. A comunitária Edna Lima, por exemplo, conta que o feijão não vai sair de sua mesa, mas a partir de agora o tradicional “carioquinha”  vai dar espaço a outro tipo de grão.

“Geralmente eu comprava uns cinco quilos de carioquinha, mas na feira deste mês mesmo já tive que substituir porque se fosse levar cinco quilos já era mais de cinquenta reais só de feijão. Este mês comprei só um carioca e misturei com o feijão de corda e o preto”, disse a dona de casa.

Aumento passageiro:

Mas, o gerente tranquiliza o consumidor e diz que o aumento deve ser temporário. Segundo ele, os altos preços são resultados de períodos de safras ruins nos grandes centros de produção, fato que fez aumentar a demanda e consequentemente, os preços.

“Acredito que isso não vai demorar muito não. O que acontece é que a safra do feijão foi ruim em algumas regiões do país que produzem muito e isso faz aumentar a demanda e o preço. Tem também estes aumentos de tudo, gasolina por exemplo, e tudo isso influencia sendo repassado ao consumidor. Todo produto é assim, quando está em falta tende a ficar mais caro, mas acredito que logo logo ele [feijão] baixe novamente”, finalizou.