Gilmar afirma que Osório “teve falha de memória” em relação à manifestação na Casa Plínio Amorim; presidente se diz tranquilo com críticas

por Carlos Britto // 07 de julho de 2017 às 07:45

Uma semana depois da manifestação de integrantes do Movimento ‘Fora Temer’, que interrompeu uma audiência pública sobre o Rio São Francisco realizada pela Casa Plínio Amorim, um detalhe revelado pelo vereador Professor Gilmar Santos (PT) deve render polêmica.

Ao contrário do que afirmou o presidente da Mesa Diretora, Osório Siqueira (PSB), Gilmar havia solicitado espaço na tribuna da Casa para um dos manifestantes falar sobre a greve geral que acontecia naquele dia (30/06) em todo o País, contra as reformas previdenciária e trabalhista e as denúncias de corrução das quais o presidente Michel Temer está envolvido. No entanto, o vereador garante que em nenhum momento houve um canal de diálogo entre Osório e o autor da audiência, Ronaldo Cancão (PTB).

Gilmar disse ainda compreender a recusa de Cancão e Osório em não ceder o espaço, até pelo fato de que o debate girava em torno de um assunto importante para a região. Mas ele justificou que, pelo fato de serem lideranças, esperava-se “um mínimo de controle” de ambos para resolver situações como essas.

Quanto a Osório, ele contesta categoricamente a afirmação do presidente em dizer que não foi solicitado para abrir espaço aos manifestantes, já que o vereador fez esse pedido informalmente, junto a Osório, na Mesa Diretora. “Não sei se é uma falha de memória do presidente ou uma avaliação política, no sentido de proteger a Câmara e desqualificar o movimento. Mas que houve uma tentativa do movimento, através da minha pessoa, para solicitar direito à fala, isso houve”, assegurou. Gilmar também rebateu as críticas de que faltou “educação e respeito” aos manifestantes, que bradavam “fora golpistas!” durante o tempo em que estiveram na Casa. “Os senadores e deputados, na hora de atingirem direitos do trabalhador ou de desviarem milhões, não ficam pensando se é certo ou errado. Esse é um discurso menor”.

Osório

O presidente da Casa reiterou o discurso que já havia feito à imprensa, na semana passada, inclusive contrariando uma nota emitida pela Frente Brasil Popular de Petrolina. Osório assegurou não ter sido solicitado em nenhum momento por representantes do grupo para que um deles usasse a tribuna. Ele disse ainda entender que aquele dia foi reservado a uma mobilização nacional, mas a Casa estava numa audiência pública, e não numa sessão plenária. “O momento não era adequado para aqueles gritos de ‘fora Temer’, ‘fora golpistas’”.

Ele informou também que o próprio deputado estadual Odacy Amorim (PT), um dos convidados para a audiência, sugeriu que encerrasse o debate por não ter tomado conhecimento de que a manifestação iria à Câmara Municipal. Dizendo-se tranquilo em relação às críticas, Osório afirmou não ter faltado habilidade para contornar o incidente. “Quem mais tem habilidade sou eu. Esperei de 10 a 15 minutos, vocês estão de prova. Mas estávamos numa discussão sobre o rio, havia convidados de fora da região, e não dava pra continuar com aquele barulho. Eu não estou criticando, mas não admito respingar esse desgaste em mim”, finalizou.

Gilmar afirma que Osório “teve falha de memória” em relação à manifestação na Casa Plínio Amorim; presidente se diz tranquilo com críticas

  1. Sempre A|tento disse:

    Vereador de um só mandato,parece aqueles vereadores de cidade com 3 mil habitantes só sabe brigar ,vamos trabalhar e deixar de defender Lula ratazana do Brasil .

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