O deputado federal Zeca Cavalcanti (PTB-PE) está no ‘olho do furacão’. Ex-prefeito de Arcoverde, no Sertão do Moxotó, ele é acusado de atropelar a lei ao alugar um imóvel do próprio sogro e pagar com dinheiro público, oriundo de verba indenizatória. O imóvel seria transformando num escritório político de Zeca na cidade.

Tudo seria considerado legal, não fosse por um detalhe: a lei proíbe a parlamentares locar imóveis a parentes de até terceiro grau. No caso, sogro é parente de primeiro grau. A assessoria do deputado entrou em contato com a equipe do site OPS, que fez a denúncia, reconhecendo o equívoco.

De acordo com a assessoria, a antiga chefe de gabinete de Zeca havia justificado que ficava vedada a locação a parentes consanguíneos até terceiro grau. O sogro do deputado não é consanguíneo, mas é parente de primeiro grau – e não poderia ser o locatário de qualquer forma. A assessoria informou que o contrato seria cancelado. A questão, agora, é saber mais outros dois detalhes: se o dinheiro pago pelo aluguel será devolvido, já que foi pago irregularmente; o outro detalhe diz respeito ao valor mensal da locação, de R$ 3.500,00 – bem acima do que o site conseguiu apurar em relação a aluguéis comerciais em Arcoverde, o que levanta suspeitas de superfaturamento. Com a palavra, o deputado ou algum representante de sua assessoria.