Compesa distribui água fora dos padrões de potabilidade em Petrolina e vira alvo do MPPE

por Carlos Britto // 20 de dezembro de 2016 às 10:32

água compesa petrolinaO Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ajuizou ação civil pública contra a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), para que seja determinado o fornecimento de água própria para o consumo humano, dentro dos padrões de potabilidade estabelecidos pela legislação para o município de Petrolina.

O MPPE requer ainda a análise da qualidade da água nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) que abastecem o município (ETAs Petrolina I e II e Vitória), o distrito de Rajada e o povoado de Pau Ferro (ETA Morro do Crioulo e ETA Monte Orebe), bem como as localidades Agrovila C-1 (ETA C-1) e Agrovila N-11 (ETA N-11), no número previsto pela legislação vigente.

Conforme a Portaria, a Compesa deve apresentar no mínimo duas amostras semanais, recomendando-se quatro semanais, quanto ao parâmetro microbiológico ‘Coliformes Totais’ e ‘Escherichia Coli’. E uma amostra a cada duas horas para o parâmetro cloro. O MPPE requer ainda que a Compesa, durante 24 meses, apresente em juízo relatórios mensais contendo no mínimo oito análises da qualidade da água proveniente das referidas ETAs, e que essas análises sejam realizadas por dois laboratórios independentes, além das análises pela própria Compesa, comprovando que a água não contém Coliforme Totais nem E. Coli e que se encontra dentro dos padrões de potabilidade.

Segunda a promotora de Justiça de Defesa do Consumidor de Petrolina, Ana Cláudia Sena, que ingressou com a ação civil pública, analisando os relatórios enviados pela Compesa, constatou-se a presença de coliformes na própria saída do tratamento. Ou seja, a água que acabou de passar pela estação de tratamento já apresenta contaminação. A Compesa distribui água fora dos padrões de potabilidade estabelecido na Portaria n°2.914/2011, do Ministério da Saúde, que não permite a presença de ‘Escherichia Coli’, tampouco de Coliforme Totais na água, quando ela acaba de ser tratada. Para o MPPE, o descaso da Compesa com a qualidade da água que fornece aos seus usuários é patente.

Quanto à importância da análise da água na saída de tratamento, para a Diretriz Nacional do Plano de Amostragem da Vigilância da Qualidade da Água para consumo humano, elaborado pelo Ministério da Saúde, o monitoramento de Coliformes Totais após a etapa de desinfecção permite avaliar a eficiência desse processo na inativação de bactérias. Sendo assim, o teste de presença ou ausência de Coliformes Totais é suficiente para atestar a qualidade bacteriológica da água na saída do tratamento, e a presença desses microrganismos indica a necessidade de execução de medidas corretivas. As informações são do MPPE.

Compesa distribui água fora dos padrões de potabilidade em Petrolina e vira alvo do MPPE

  1. Cego às avessas disse:

    E vamos continuar bebendo dessa porcaria, pois o futuro prefeito já deve ter feito as pazes com a Compesa. E nós vamos continuar pagando taxas absurdas por um serviço de péssima qualidade!

  2. helio disse:

    a agua estar chegando aqui na minha casa com qualidade e estar dentro do padrâo

  3. helio disse:

    isso aí deve ser algum estouramento de rede, como acontece nâo só no pernambuco mas em todo os lugares

  4. helio disse:

    o que nâo é normal é o descaso da prefeitura aqui no santa luzia

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