Coluna do Blog

por Carlos Britto // 19 de outubro de 2018 às 07:00

Foto: Jonas Santos/PMP divulgação

Miguel Coelho e o novo cenário político que se vislumbra

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB),  pode se deparar a partir de 2019 com um cenário político parecido com o que seu antecessor Julio Lossio encarou nos seus dois mandatos (2009/16).

Lossio teve de dar seus pulos para governar a maior cidade do Sertão pernambucano sem nenhum aliado na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa (Alepe). Também não tinha governador ao seu lado, muito menos presidente. Tinha apenas o então vice de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer, com quem aos poucos se aproximou na sua segunda gestão de prefeito de Petrolina.

Miguel, nesse caso, vai estar em situação um pouco mais cômoda. Pelo menos vai poder contar com seus irmãos, Fernando Filho (DEM) na Câmara Federal e Antônio Coelho (DEM) na Alepe. Já em relação ao Executivo, ele passa a ser oposição ao governador reeleito Paulo Câmara (PSB).

Resta apenas a Presidência da República. Os aliados de Miguel na Câmara de Vereadores já deram um aceno nesse sentido, já que a maioria já optou pelo apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro. Miguel e seus irmãos, nem seu pai, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), ainda não bateram publicamente o martelo nesse sentido. Mas não há muito o que se fazer. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

Bancada unida

A bancada baiana no Congresso Nacional uniu forças para evitar o pior. Em audiência na Comissão Mista que avalia a MP 843/2018, nesta quarta-feira (17), deputados e senadores do Estado impediram a inclusão de uma emenda que traria desvantagem à indústria automotiva baiana em comparação a outros estados do Nordeste. A articulação barrou a estratégia da bancada pernambucana de abrir um canal de negociação para que que seja construída uma proposta mais equilibrada, atendendo aos interesses dos parques automotivos da Bahia, Pernambuco e Ceará.

E Guilherme Coelho?

O ex-deputado federal Guilherme Coelho saiu um pouco de cena após as eleições do primeiro turno. Sobretudo porque seu partido, o PSDB, sofreu um revés pesado após o resultado do presidenciável Geraldo Alckmin. Falando pelo partido, mesmo, só seu aliado fiel, o vereador Ronaldo Silva (PSDB), que já declarou seguir com Jair Bolsonaro (PSL) para presidente da República.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários