Agora ‘Cidadão Pernambucano’, juiz da Vara da Infância e Juventude fala de desafios e conquistas em Petrolina

por Carlos Britto // 20 de maio de 2016 às 15:00

Marcos Bacelar

Recém-homenageado com o título de Cidadão Pernambucano, o juiz da Vara da Infância e Juventude de Petrolina, Marcos Bacelar, comemora resultados positivos na ressocialização de jovens da cidade.

titulo marco bacelarA homenagem, concedida através de decreto do deputado estadual Odacy Amorim na última quarta-feira (18), exaltou os serviços prestados pelo juiz que não esconde os desafios da atividade. Para Bacelar, a honraria aumenta a responsabilidade da Vara da Infância e Juventude que já alcançou resultados que merecem projeção nacional.

Uma das conquistas apontadas pelo juiz é a redução dos índices de reiteração do ato infracional na cidade. Ou seja, dos jovens que passaram pelos trabalhos da Vara da Infância e Juventude, apenas 6% deles voltaram a cometer algum ato criminoso.

Ano passado nós tivemos um dos menores índices de reiteração do ato infracional que é quando o menor sai do cárcere e volta a praticar ato infracional, isso foi apenas de 6%. E esta conquista foi porque nós passamos a ver estes meninos numa situação de dependência. Temos que reprimir na hora certa, mas também são merecedores do nosso crédito”, disse.

Superação

O juiz admite que ainda existem grandes desafios em Petrolina, mas dá exemplos de jovens que passaram pelo serviço de ressocialização e conseguiram mudar de vida.

Um dia destes fui abordado por uma senhora que relatou que seu filho havia sido apreendido e depois de uma audiência prometeu que seria igual ‘aos doutores da justiça’ e ela [mãe] me contava que ele foi aprovado no vestibular de direito para ser meu aluno. Então é um jovem que estava praticando delitos e agora está numa faculdade”, narrou o juiz

Choque de realidade

Sobre os trabalhos de ressocialização desenvolvidos atualmente em Petrolina, o juiz destaca um projeto através do qual os jovens têm a oportunidade de conhecer os “dois lados da vida”. Segundo ele, a ideia é levar os jovens para conhecer casas de recuperação, presídios e universidades, para que assim, eles tenham a oportunidade de perceber qual o melhor caminho a seguir.

Iniciamos um projeto que busca justamente mostrar a realidade da vida para estes jovens que praticaram algum ato infracional, mas que ainda tem algum laço familiar para recuperá-los. Fazemos oficinas levamos estes meninos para conhecer casas de recuperação, presídio e por último levamos eles para uma universidade onde eles são  bem acolhidos com lanches e palestras para que eles possam perceber o caminho que eles querem na vida”, finalizou Marcos Bacelar. (foto Alepe/Assessoria dep.Odacy Amorim)

 

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