Ativistas russos criam abaixo-assinado para punir brasileiros que assediaram mulher na Copa do Mundo

por Carlos Britto // 20 de junho de 2018 às 14:02

Vídeo de brasileiros hostilizando russa. (Foto: Reprodução)

Depois de grande repercussão na mídia brasileira e até na imprensa de Moscou, feministas estão reagindo ao assédio e insulto de um grupo de brasileiros contra uma mulher russa. Um grupo de ativistas criou um abaixo-assinado na internet para tentar pressionar o governo russo a punir os brasileiros envolvidos no caso.

No momento da publicação desta nota, pouco mais de 300 pessoas já haviam assinado o protesto, que está hospedado no site change.org (clique aqui e saiba mais).

Segundo o abaixo-assinado, é possível, pelas leis da Rússia, punir o grupo de torcedores. Caso denunciados e em eventual condenação, eles podem pagar multa de até 3 mil rublos, ou cerca de R$ 175,00.

Assim, os cidadãos estrangeiros em vídeo podem ser responsabilizados por cometer um delito nos termos da Parte 1 do art. 5.61 do Código de Ofensas Administrativas (insulto, isto é, honra e dignidade de outra pessoa, expressa na forma indecente – implica a imposição de uma multa administrativa aos cidadãos, no montante de mil a três mil rublos), ou processado sob Parte 1 do art. 20.1 do Código Administrativo (vandalismo mesquinho), isto é, por violar a ordem pública, expressando desrespeito claro pela sociedade, acompanhado por linguagem chula em locais públicos, abuso sexual ofensivo para os cidadãos”, diz parte do abaixo-assinado.

Considera ainda que a presença na forma de cidadãos estrangeiros deveria pedir desculpas públicas para a menina e todos cidadãos russos, por causa do sexismo e da falta de respeito às leis da Federação Russa, o desrespeito por um cidadão russo, insultos, humilhação da honra e dignidade de um grupo de pessoas com base no sexo”, relata outro trecho.

Torcedores identificados

Seis homens aparecem no vídeo assediando e induzindo a mulher a falar palavras obscenas. O caso ganhou grande repercussão na imprensa brasileira. O primeiro identificado foi o advogado Diego Valença Jatobá, ex- secretário de Turismo, Esporte e Cultura de Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco. Ele exerceu o cargo durante a gestão do prefeito Pedro Serafim (PDT) e já foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), em 2015. Diego descumpriu o artigo 89 Lei de Licitações (Lei Federal nº 8.666/93) e firmou, sem licitação, 12 contratos ilegais para contratar atrações artísticas em nome da Prefeitura de Ipojuca.

O segundo identificado foi o tenente da Polícia Militar de Santa Catarina, Eduardo Neves. A identidade foi confirmada pela Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), na manhã desta terça-feira.

O terceiro é o empresário Luciano Gil Mendes Coelho. O jornal piauiense O Dia revelou que ele já foi preso em uma operação da Polícia Federal (PF) que desarticulou esquema de desvio de dinheiro público. A fraude ocorreu em licitações da Prefeitura de Araripina (PE), Sertão do Araripe, no ano de 2015, quando Luciano ocupou cargo de inspetor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI). (Fonte: Superesportes)

Ativistas russos criam abaixo-assinado para punir brasileiros que assediaram mulher na Copa do Mundo

  1. Daniel disse:

    Não concordo com a atitude dos brasileiros na Rússia, pelo contrário, mas acho que os ativistas e feministas não deveriam se esquecer dos estrangeiros solteiros, que na sua grande maioria, na época do carnaval brasileiro, vem ao nosso país e declaram que vieram aqui porque tem festas e mulheres bonitas com bundas grandes. A gente sabe que o intuito deles é em se prostituir, mesmo porque, a mídia, desde o inicio do ano exibe mulheres sambando com seus corpos seminus, propagando uma imagem vulgar do brasil. Infelizmente são dois pesos e duas medidas. Brasil véi prostituto!

  2. Otacício da Assumpção Barros disse:

    Uma forma simples de buscar amenizar qualquer ação contra eles: peguem os discos de funk que tocam nas rádios brasileiras e mostrem aos Russos! É provável que aceitarão a versão de que “falar palavras ofensivas e de baixo calão” é da cultura brasileira.
    Inclusive, investiguem se as filhas desses que assinaram o abaixo assinado não sabem de cor as poéticas letras das músicas de funk.
    Ou, sobretudo, praticam as dancinhas.
    É muuuuito mimimi.

  3. Aderval,s costa disse:

    Injustificável, o que fizeram na russia feriu as leis do pais,desrespeitou as cidadãs russas, o mais grave desrespeitou a dignidade da mulher,
    A punição tem que ser severa

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