Pegando de gancho a polêmica sobre a falta d’água no campus da Univasf em São Raimundo Nonato, mencionada por um estudante no seu Facebook e já explicada pela instituição, o professor do IF Sertão-PE, Silver Jonas Alves Farfan, aproveitou para entrar nessa discussão abordando outra ótica mais profunda.
Confiram:
Carlos Brito, isso precisa ser mais discutido.
Imagina os problemas de transporte de quem precisa ir e vir de S.R. Nonato a Petrolina ou Juazeiro. Pense bem, o serviço de educação federal é algo desejado, motivo de deputados, senadores, prefeitos e vereadores se envolverem com a comunidade nessa batalha.
Aqui em nosso sertão todas as instituições federais de ensino são muito importantes e fazem uma grande diferença. Pergunto eu: cadê o envolvimento dos legisladores e executivos nesses problemas no dia-a-dia? Aqui em Petrolina, por exemplo, temos os campi rurais da Univasf e do IF Sertão-PE. Nenhum dos dois conta com ajuda da prefeitura para o transporte dos estudantes, e isso ela poderia fazer, mas não faz.
O prefeito de Casa Nova, na Bahia, manda levar e trazer seus estudantes até o IF Sertão-PE, no N-4, mas os prefeitos de Petrolina e Juazeiro me parece que não estão preocupados nem planejando nada para melhorar isso.
E os estudantes sofrem muito nessa “pisada”, sem falar na má qualidade da estrada, sem acostamento, seu “esburacamento” entre o aeroporto e o N-4, perigosíssima, que, junto com os maus motoristas que estão aos montes por aí nessa semana cercearam a vida de um importante agricultor, uma pessoa que trabalhava na produção de alimentos para nosso país.
Todos os dias agricultores, professores, estudantes, técnicos e administrativos dessas escolas circulam nessas estradas e põem em risco suas vidas. Isso é muito importante para o Brasil. a educação e a agricultura precisam de mais respeito, atenção e investimentos dos três níveis de poderes de modo harmônico.
Nesse ano de Copa do Mundo, e logo depois que foi aprovada a Lei nº 12.858, de 9 de setembro de 2013, que destina novos recursos à educação, com primeiro repasse de R$ 770 milhões, feito ainda em 2013, e que chegará a R$ 19,96 bilhões em 2022, e a um total de R$ 112,25 bilhões em dez anos, vamos ver o que será a educação daqui para frente. Eu quero vê-la muito melhor.
Silver Jonas Alves Farfan/Professor (IF Sertão-PE)
