Artigo do leitor: Foi-se o tempo em que bandidos usavam revólver nos assaltos

por Carlos Britto // 30 de agosto de 2014 às 21:40

Neste artigo enviado ao Blog, o leitor Genilson Santos alerta para a ‘modernização’ dos assaltos praticados atualmente, inclusive no Sertão do são Francisco. Confiram:

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Foi no ano de 1859, quando Washington Perry Brink resolveu se instalar na cidade de Chicago, nos EUA, devido ao crescimento econômico e industrial. Apenas com pouco dinheiro no bolso nem imaginava o que faria, até que observando o vai e vem das pessoas transportando baús, caixas, embrulhos, veio à ideia de adquirir uma carroça e um cavalo para fazer o transporte desses objetos.

Brink deu a esse negócio o seu nome. Com o passar do tempo, Brink sentiu a necessidade de ampliar as carroças de tamanho devido ao aumento de habitantes que chegavam a região. Porém, foi em 1891 que se realizou a primeira folha de pagamento com a Brink`s, responsabilizando-se pelo transporte de milhares de dólares.

Em 1900 a empresa efetuou a primeira entrega bancária, tornando-se assim a primeira empresa de transporte de valores do mundo.

Anos depois, homens fortemente armados matam o guarda da Brink`s quando descia do carro transportando dinheiro. E no ano seguinte, surge o primeiro carro forte, um caminhão fechado, com várias chapas de aço.

Assaltos mais arrojados passaram a acontecer, e os carros foram se transformando em verdadeiros carros de combate, com a colocação de vidros resistentes à prova de balas, teto e piso ganham blindagem antes eram de madeira.

Os carros fortes chegaram ao Brasil em 1966, época em que o país vivia uma transformação social, conflitos e incertezas eram os anos de chumbo.

Em 1970, um grupo, “terroristas” assim chamados, praticou o primeiro assalto a carro forte para obter dinheiro para financiar compra de armas e cursos de guerrilha em outros países, na luta contra o regime militar. O ataque fora, sem dúvida, uma grande lição para a polícia e o setor de transporte de valores.

Nesse período, as armas utilizadas pelos assaltantes eram revólveres nos calibres 22, 32 e 38, espingardas calibre 12, pistolas nos calibres 7,65 e outras vezes metralhadoras calibre 45 INA  M-953, e 9mm Beretta.

Com o passar dos anos os assaltos a carros fortes tornam-se mais frequentes, as táticas e armas utilizadas pelos assaltantes ficam cada vez mais sofisticadas, letais, precisas e poderosas EX: (AR-15 5,56mm, FAL e AK- 47, 7,62mm). Aumentando assim, a distância entre o poderio bélico entre as os agentes de segurança pública e privada.

Recentemente, os assaltantes incorporaram, em seus arsenais, calibres mais potentes como .50 Browning, com um alcance efetivo de mais de 1.850 metros, e um incrível poder de impacto contra múltiplos alvos, inclusive soldados, veículos, aeronaves e blindados. Não custa lembrar: nos assaltos perpetrados aos carros fortes da Empresa Prosegur, no início do ano na BR-407, em Petrolina, e BA-31 (Pindobaçu/Saúde), de acordo com as informações da Polícia Militar, o grupo de assaltantes portava fuzis de grosso calibre (.50) e explosivos.

Não obstante outra empresa de segurança de transporte de valores (PRESERVE) foi alvo recente no dia 15 de agosto da ação de bandidos fortemente armados, os quais utilizaram o mesmo modus operandi, na região do ataque anterior (Pau- Ferro).

O Brasil possui 11 Estados que fazem divisa com 10 países. Toda a fronteira tem uma extensão de quase 17 mil quilômetros.

As armas alimentam crimes contra o patrimônio (assaltos, roubos) e contra seres humanos. O contrabando afeta o mercado de trabalho, o comércio lícito, o setor de produção, a saúde, os cofres públicos e até a segurança.

Genilson Santos/Leitor

Artigo do leitor: Foi-se o tempo em que bandidos usavam revólver nos assaltos

  1. max disse:

    Só um leigo não sabe que para se obter armas desse calibre é preciso “TER ALGUÉM” dentro de corporações como exército, e as polícias militar, civil e até federal que sustentam essas quadrilhas com armas, drogas e informações sigilosas que levam a fatos como esse assalto por exemplo. Enquanto houver corrupção dentro de órgãos governamentais ainda mais essenciais como as polícias, não ficaremos livres dessa banda podre que existe dentro das corporações. É lastimável…

  2. Rafael disse:

    Basta os deputados aprovarem uma lei onde as empresas de transporte de valores passem a utilizar armas de grosso calibre, como metralhadoras e fuzis! O 380 dos vigilantes não faz frente com os fuzis 7,62 mm da bandidagem!

  3. J.Anderson disse:

    infelizmente meios para quais os meliantes usam são inumeros, enquanto para os vigilantes são submetidos a pouca proteção quase como servindo de iscas para que se possa chegar a supostos chefes de carteis.

  4. Renato disse:

    el “carro forte” deve ser forte, ovvero deve resister al .50 esploso a distancia ravicinada!

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