Artigo: Dra Marineves e sua opinião sobre o momento político

por Carlos Britto // 29 de setembro de 2010 às 22:03

O Blog publica agora um artigo enviado pela pediatra Marineves Morais. Ela relata sua opinião sobre o momento político atual e revela suas convicções. Leiam:

Sempre acreditei no LULA. Dilma, sua indicação, “se não puder fazer mais, faça tanto quanto LULA fez”,

 Fui eleitora de Lula em todos os pleitos que ele concorreu para presidente e com enorme alegria vejo que acertei na escolha.

Nunca vi a criação de tantas faculdades públicas, inclusive no interior do nosso país, tantas pessoas carentes cursando nível superior em faculdades e universidades públicas, tanta gente humilde viajando de avião ( caos aéreo? ), tanta gente com carteira assinada, …tanto, tantos feitos nestes 8 anos do governo Lula. Muito se há para fazer, mas vejo prioridades atendidas. Os acertos superaram, em muito, os erros e falhas.

Pergunto-me: quem elegeu Collor? Quem fabricou o escandalo do aborto da filha de Lula e omitiu a existencia do filho do Collor? Como se posicionaram os grandes meios de comunicação à época? Em quem votou Ferreira Gullar? Vocês em quem acreditaram e votaram: no Collor ou no Lula? E as verdades apregoadas pela grande mídia, naquele pleito, que foram feitas delas? Nunca fizeram o minha culpa, nem Globo ( lembram do Debate pré eleição ), nem Veja, nem similares.

Repensemos nossos conceitos e preconceitos. Olhemos nossos pares, olhemos ao nosso redor. Sem rancor, vejamos os índices do Brasil de hoje. Um nordestino feio e carente foi capaz de melhorar nosso país. Uma mulher também poderá ser.

Fico feliz em ter acertado na escolha do Lula e quero chegar ao final, sendo Dilma eleita, também dizer que bom que nela votei!

O bom da Democracia é podermos escolher. Escolhi Dilma. 

Marineves Morais – Orgulho de ser mulher. Orgulho de ser nordestina. Orgulho de ser brasileira

Artigo: Dra Marineves e sua opinião sobre o momento político

  1. cabral disse:

    Carlos vc como um bom jornalista nao poderia postar materias como esta .Cuidado que vc pode se prejudicar,isso e so um conselho. se nao quizer postar tudo bem isso e so um conselho.

  2. Antonio Cícero da Silva(Águia) disse:

    Tomo a liberdade e repito as palavras da Dra. Marineves… Só não vê o trabalho do Lula, quem não quer… Viva o BRASIL…

    Antonio Cícero da Silva(Águia), escritor e poeta, filho da cidade de São José do Belmonte/PE.

  3. Pericles Nunes disse:

    Coragem
    Chamamos isto de mulher coragem
    Parabéns
    Não que esteja certa. Cada um pode julgar como quiser.
    Eu acho que sim
    Pela definição do lado
    Parabéns

  4. Andre disse:

    ” FORREST LULA”

    – Finalmente, alguém abordou o Tema, com uma “Simplicidade Franciscana”,
    e foi direto ao ponto… esse Professor é genial!!!
    O melhor de tudo é que o Autor é Docente da Universidade de São Paulo
    onde, via de regra, a grande maioria de seus alunos e funcionários é de
    “Esquerda”, festiva, burra e eleitora do Lula.
    Leiam, atentamente, a ANÁLISE INTELIGENTE do Professor Wagner Valenti
    (Professor da USP, Departamento de Biologia Aplicada), que fez um ótimo
    resumo do Governo Lula:

    – Todos conhecem o filme “Forrest Gump”, que narra a história de um
    imbecil que sobe na Vida auxiliado por circunstâncias a ele,
    absurdamente, favoráveis. Nós brasileiros temos aqui o nosso “Forrest
    Lula”, pelas razões que apresento abaixo:

    1-) Lula pensa que chegou à Presidência do Brasil pela sua competência;
    mas, conseguiu tal proeza por uma junção entre sua “persistência
    malufiana” e o “mudancismo” do eleitor, que SÓ pelo desejo de Mudar, nem
    se sabe o quê, vota alternadamente em candidatos como Maluf, Collor e
    depois em Lula& Companhia.

    2-) Lula pensa que é respeitado no Exterior; mas, não passa de uma
    “Curiosidade Zoológica”, como o mico-leão dourado. A “esquerda”
    romântica de lá acha lindo um operário do Terceiro Mundo ter virado
    Presidente…. se ele é competente ou não, o terceiro mundo que se
    dane.. Mais ridículo do que ele próprio, é o fato dele acreditar que é
    “O CARA” (para Nós “DE PAU”).

    3-) Lula pensa que somos idiotas ao dizer que fez Novos Programas
    Sociais como o Bolsa-Família, que é o EX-Bolsa Escola (retificado para
    PIOR, pois antes era direcionado à EDUCAÇÃO das Crianças Pobres
    Brasileiras e hoje incentiva o aumento da natalidade, com consequente
    Crescimento da Pobreza Nacional), já existente durante o Governo do
    Presidente Fernando Henrique Cardoso. De concreto, o que ele fez MESMO,
    foi proteger os “terroristas sem-terra” (do MST) e transformar o
    Bolsa-Escola em Bolsa-Esmola.

    4-) Lula pensa que faz sucesso com a Imprensa; mas, na verdade contou
    apenas com uma Imprensa domesticada e cordial, pelo menos até os
    recentes escândalos.

    5-) Lula pensa que não existe ninguém que possa questioná-lo, tanto em
    Ética, quanto em Política; mas, isso só acontece porque ele nunca se
    expôs a entrevistas coletivas sérias, com jornalistas especializados,
    onde teria que dar uma satisfação objetiva de seu desempenho como
    Presidente do Brasil.
    6-) Lula pensa que é “imune” a essa Crise Econômica Mundial, porque seu
    percentual de aprovação ainda é alto; mas, vamos lembrar que a maioria
    dos Brasileiros, infelizmente, não tem EDUCAÇÃO, nem CULTURA. Aqueles
    que ainda confiam nele são tão ignorantes quanto ele; por isso, não
    sabem o que, realmente, acontece e são facilmente enganados e
    manipulados.

    7-) Lula pensa que é o responsável pelo sucesso da Política Econômica
    Brasileira; mas, isso se deve única e exclusivamente à manutenção da
    Diretriz Econômica Programada durante o Governo do Presidente Fernando
    Henrique por Henrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil e
    que, Graças a DEUS, está lá até hoje.

    8-) Lula pensa que foi responsável pelo aumento das exportações
    brasileiras; mas, isso somente aconteceu como consequência de uma série
    de Fatores Anteriores ao seu governo, MAIS as circunstâncias favoráveis
    do Cenário Internacional.

    9-) Lula pensa que não sofrerá o “Impeachment”, porque está acima de
    TUDO o que acontece no Cenário Político Nacional, embora Collor tenha
    sido defenestrado por muito menos. Na Verdade, ele somente vai ficar na
    Presidência do Brasil porque não interessa a ninguém transformá-lo em
    Mártir, dando-lhe a chance de retornar à Política como Herói,
    futuramente.

    Wagner Valenti (Professor do Departamento de Biologia Aplicada da USP)

  5. Edna disse:

    Orgulho também é ler uma matéria dessas escrita por uma pessoa da classe alta, bem sucedida, médica e que tem coragem de expor sua opinião sem medo de represálias, que sabe, “exatamente” onde e como o Brasil melhorou e não se omite em mostrar que LULA governou para todos e não para uma minoria de burgueses a quem beneficiou TODOS os governantes que antecederam a ele.
    Até hoje fico perplexa com pessoas que por motivo “puramente pessoal” e por “paixão” teimam em apoiar um modelo falido de governo.
    Parabéns Drª Marineves e faço minhas as suas palavras com relação ao nosso pernambucano, matuto, feioso, de péssima dicção; mas que mudou a cara do nosso querido BRASIL e que é respeitado em todo o mundo.

  6. salçalitos disse:

    Parabens Dra! Foi sensacional.

  7. Bruno disse:

    Tambem nunca vi tantos casos de corrupção e falta de ética e respeito com a coisa pública…

    Se eu votasse em 2002, teria votado em Lula! Uma democracia tem um projeto como base, seja qual for o governo, a base do projeto deve continuar, mas achava que deveria mudar o condutor… Lula ganhou e fez algumas mudanças, essas so seriam compreendidas pela macroeconomia em 2008 com a crise, fora isso fez um primeiro mandato ruim, péssimo. Isso aliado ao escandalo do Mensalão. Veio 2006 e Lula ganhou novamente, veio o PAC e com esse mais escandalos.

    Não precisava ser assim. Lula está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa – iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique – de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana. Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto.

    Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia – a começar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o “cara”. Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: “Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?” Este é o mal a evitar.

    A oposição errou, permitiu a mitificação de Lula. Mas Lula não é nenhum revolucionário. Ele saiu da classe trabalhadora e se comporta como se fosse parte da velha elite conservadora.

    Abaixo segue trecho da reportagem do FT sobre FHC que esse blog NAO “publicou”. A falta dessa parte refletiu em uma discrepancia com a real intenção do Jornalista Jonathan Wheatley do FT. Deste a epoca que meu comentario sobre a copia que Missael Neto fez de uma lei de um estado do Sul foi editado antes de ser postado, que a credibilidade desde blog, para mim, foi por terra…

    Para o jornal, “embora tanto o mundo quanto o Brasil tenham se apaixonado por seu sucessor, o presidente Lula, Cardoso é o homem amplamente creditado, pelo menos no exterior, com o estabelecimento dos fundamentos do boom” que marcou os últimos anos da economia brasileira.

    FHC, ministro da Fazenda durante o plano real, que pôs fim a décadas de hiperinflação no Brasil em meados dos anos 1990, é descrito pelo FT como o responsável por colocar o “B” na sigla Bric – cunhada pelo Banco Goldman Sachs em 2001 e hoje uma espécie de marca para se referir às principais potências emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China).

    Ao jornal britânico, FHC disse que conseguiu “fazer o Brasil avançar” durante sua gestão; já o governo Lula, opina, “anestesiou” o Brasil. O ex-presidente diz que durante sua gestão havia muita discussão sobre como levar as reformas adiante e reduzir o custo Brasil. “Depois elas (as discussões) pararam”, afirmou.

    Quando a entrevista se encaminha para as eleições de 3 de outubro, relata o FT, o ex-presidente revela “frustração” em seu tom de voz.

    “Eu sugiro que nós já sabemos quem vai ganhar as eleições”, escreve o repórter do jornal. “‘Sim’, admite FHC – Dilma Rousseff, a candidata do Partido Trabalhista de Lula.”

    Questionado sobre como crê que Lula será lembrado pela história, FHC responde: “Acho que será lembrado pelo crescimento e pela continuidade, e por colocar mais ênfase no gasto social”.

    ‘Herdeiro’

    Em uma nota ilustrativa na mesma página, como parte da mesma reportagem, o criador da sigla Bric, o economista-chefe do Goldman Sachs, Jim O’Neill, se questiona se Lula poderia ser “um descendente de Cardoso em uma fantasia engenhosa”.

    Ele argumenta que um dos méritos de Lula foi manter as políticas econômicas da era FHC, em especial as metas de inflação e o regime de flutuação do real.

    “Lula quer ser visto como o líder mais bem sucedido do G20 na última década. Mas às vezes paro e me pergunto se ele não seria um descendente direto de Cardoso em uma fantasia engenhosa. Pois foi muito do que ele herdou de Cardoso que deu a Lula a plataforma de tal sucesso”, escreve O’Neill.

    Para o economista, a inteligência de Lula foi “manter muito do que herdou”. “Outro fator de sucesso de Lula tem sido sua sintonia com as massas, o que lhe permitiu traduzir os benefícios da estabilidade para muitos”, escreveu O’Neill.

    http://www.ft.com/cms/s/2/d889965e-c769-11df-aeb1-00144feab49a.html

    Não vou votar em Dilma, mas nem por isso vou deixar de reconhecer os feitos de Lula. Ate porque o “Neo Stalin” tem lá seus defeitos, mas fez muita coisa boa, repito!

    Bruno Santos da Silva – Brasileiro, não membro da “Elite Burguesa” – apesar de ser natural de São Paulo, é filho de nordestinos! Orgulho de ter principios morais e eticos, acima de tudo.

  8. Petrolina Minha Terra Meu Lugar disse:

    Carlos Britto, hoje você se superou, escancarou de vez!

    Esse tipo de postagem não leva a nada, não acrescenta nada!

    O problema do lulismo é que seus adeptos acham que os erros do passado justificam os erros do presente (mensalão, sanguessuga)!

    Fica difícil dialogar quando o lulismo e suas variantes sufocam a liberdade e o livre-pensamento!

    Se o lulista-mor pregou o fim da oposição, a extirpação pura e simples da oposição?

    Para onde o LULISMO nos levará?

  9. maria.araujo disse:

    Alguem de prejudicou, com as: Cobranças de contribuições dos aposentados; redução de salarios; aumento da divida pessoal; aumento da divida nacional; perda da capacidade de produção agraria, pela ingerencia nos preços dos produtos; perdas de vidas nos corredores de hospitaI; transporte publico de baixa qualidade; formas de acesso as universidades publicas; concorrencia desleal; falta de livros; falta de acesso a justiça; onerossidade excessiva dos custos financeiros; perda da capacidade aquisitiva de remedios, alimentos e vestimentos; e desemprego; falta de segurança de vida; falta de saneamento; e outros tantos prejuizos. por outro lado…

    A vida anda maravilhosa, para alguns: carros novos; motos novas; moradias novas; viagens internacionais, novas unidades de ensino, e o Acesso? Todas as maravilhas não estão acessiveis a qualquer um, nem estara, enquanto perdurar a politica de juros altos.

    Alimento , no cartão prazo 30 dias.
    Roupas, no cartão prazo 90 dias.
    moveis e eletrodomesticos, mais de ano para pagar.
    Moradia mais de 20 anos para pagar.
    A divida é certa, o emprego não. O superendividamento das familias, é um fenomeno que abalou a europa, e outras nações. E que começou a tomar vulto no brasil.

    Boas dividas.

  10. Francisco antonio Ramos disse:

    Lula, durante o seu mandato, foi o pai dos pobres e a mãe dos ricos. Enquanto a caderneta de poupança acumulou 96% de renda na era lula (incluindo estimativas de até 31/12/10); A bolsa de valores já acumulou 750%. Agora eu pergunto para as pessoas de classe média: o que o governo Lula melhorou na sua vida?

  11. Álvaro disse:

    Infelizmente as pessoas não lêem as notícias vinculadas nos grandes meios de comunicação. Alegam sempre perseguição, etc…
    Como ser cego para tantos escandalos políticos, como houve nesse governo, de quem se diz “do povo”.
    Lula comparsa de Collor, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Sarney, Palocci, José Dirceu…………
    Toda população tem o político que merece…
    Acho que eu que sou ignorante!!!

  12. Maria disse:

    Parabéns Dra. Marineves pela sua opinião sensata de quem não tem medo de expor a sua opinião mesmo sendo de uma situação social alta, mostra-se que a senhora enxerga as pessoas. Pois as pessoas da classe social alta, na sua maioria, colocam aqueles tapas-olhos para não enxergar o que acontece a sua volta, e vêem o menos favorecidos como escravos, como objetos, sem direito a nada.
    Sr. André pelo visto este artigo que foi colocado aqui deve ser mais velho que a serra, procure hoje, algum artigo desse professor mais atualizado para ver se ele ainda tem a mesma opinião do que na época em que escreveu este artigo.
    Sr. Bruno, não é que aumentou os índices de corrupção, ela sempre existiu, mas era camuflado, engavetado, lembra do “engavetador geral da República” o Sr. Geraldo Brindeiro? Hoje, os Procuradores da República tem mais liberdade de atuar contra a corrupção e a Polícia Federal tem mais liberdade de atuar, por isso que se dá a impressão de que houve aumento da corrupção, mas não, ela sempre existiu e até em números maiores, e também a mídia não tinha o direito a liberdade de imprensa, lembra da ditadura? Quantos jornalistas foram presos ou mortos, por tentar divulgar os desmandos dos ditadores?

  13. justo disse:

    LULA, como definir? vamos resumir: “SIMPLESMENTE O MELHOR”
    em todos os pontos, hoje não temos apenas um líder brasileiro, temos um líder que serve de modelo para o mundo, só não ver que insiste em ser “cego”, a prova está aí, 80% de aprovação no oitavo ano de governo, quem chegou a tanto nos governos anteriores?

    Parabém a Drª Marineves, muito bom o seu comentário, tem mais 80% de brasileiros pensando a mesma coisa que a Senhora.

  14. Marivaldo disse:

    Os insatisfeitos que comentaram anteriormente acima, estão somente nos 4 % que não apoiam o governo de Lula (não dá nem para coçar!).

  15. Dreda disse:

    Caro Carlos Britto, o blog vem cada vez perdendo mais credibilidade e assumindo mais imparcialmente sua posição política. Lógico que você tem liberdade para fazer isso, mas é uma pena, pois muitos usam ou usavam esse meio para divulgar e receber informações.

    Postar esse artigo justificando que está apenas publicando a opinião de terceiros chega a ser cinismo. Como já afirmei em outra oportunidade aqui, acredito que esse tipo de postagem deve ficar na sessão “comentários”, e não como artigo, porque isso revela imparcialidade e tendência política do blog, levando-nos a ter uma leitura muito mais crítica sobre qualquer outra notícia política publicada nesse meio, inclusive as incansáveis críticas á qualquer atitude tomada pela prefeitura de Petrolina.

    Independente da posição política de cada um (não vou revelar a minha), acho que esse é um momento de reflexão sobre a missão que você planeja dar a esse blog, se um veículo realmente imparcial ou apenas mais um panfleto partidário, como a Veja (do PSDB) e a Carta Capital (do PT).

  16. Alex Sidney disse:

    Alegro-me em lê o artigo da querida Dra Marineves, que representa localmente o melhor do sexo feminino, gênero preste a assumir o comando da política nacional.

    Só não entendi o motivo das críticas ao blog por ter publicado o aruqivo. Ele representa a opinião de pessoa ilustre da cidade e jamais deveria ser sensurado.

    Esqueçam o sentimento vira-lata e achar que só a veja, folha e outros meios podem ser parcial. Por outro lado, tentem produzir um material anti-lula prestável, para que também seja postado, pois a julgar pela qualidade de alguns comentários, não merecem nem o rodapé de receita de bolo.

  17. JMSM disse:

    Quero contribuir para o debate.

    Drª Marineves, minha esposa, expôs, de modo cristalino sua opinião, seus sentimentos.
    Compartilhamos da mesma opinião, do mesmo sentimento de brasilidade, do orgulho de ter sido eleitor da proposta de governar represntado por LULA.
    Coloco o post abaixo, do Sociólogo Marcos Coimbra, que julgo oportuno para aqueles que ainda não perceberam as mudanças porque passam o Brasil.
    O link do site vai abaixo.
    José Menino Silva Monteiro
    http://www.viomundo.com.br/politica/marcos-coimbra-o-povao-e-nova-maneira-de-avaliar-os-candidatos.html

    Marcos Coimbra: O “povão” e a nova maneira de avaliar os candidatos
    por Marcos Coimbra, no Correio Braziliense

    A premissa da democracia eleitoral, na sua acepção contemporânea, é a liberdade do eleitor para definir seu voto. Cada um faz o que quer com ele. Consulta a consciência, toma sua decisão e a deposita na urna (no Brasil, digita o número de seu escolhido). Uns não são mais livres que outros. Ninguém é obrigado a votar como os demais e nem a selecionar seus preferidos da mesma maneira que os outros.

    Não cabe discutir critérios de escolha. Não existe o modo certo de votar e o errado. Algumas pessoas definem seu voto levando em conta elementos que outras desconsideram. É possível que uns pensem ser fundamental algo que outros têm certeza que é irrelevante. Só os muito arrogantes acham que todos deveriam usar o critério deles.

    Daqui a três dias, faremos uma eleição presidencial diferente das anteriores. Nela, os eleitores estão sendo convidados a pensar de uma nova maneira: avaliar os candidatos pelo que representam e não pelo que são no plano pessoal.

    Nossa cultura política sempre privilegiou a personalidade e as características pessoais dos candidatos como elementos diferenciadores na tomada das decisões de voto. Até hoje, quando se pergunta, nas pesquisas de opinião, o que é mais importante na hora de escolher determinado indivíduo para um cargo (especialmente no Executivo), a maioria dos entrevistados responde sem titubear: “a pessoa do candidato”.

    Essa primazia da dimensão individual leva a que as campanhas se transformem em passarelas nas quais os candidatos desfilam, disputando os olhares e as preferências. Qual o mais preparado? Quem fala melhor? Qual o mais “preocupado com os pobres”, o mais “maduro”, o “mais honesto”?

    É um modelo de decisão ingênuo e estressante para o eleitor comum. Que certeza pode ter de que consegue enxergar o “íntimo” dos candidatos, seus verdadeiros sentimentos? Como escolher, se todos se metamorfoseiam naquilo que procura? Se todos se exibem de maneira parecida e falam coisas praticamente idênticas (pois todos mandam fazer pesquisas de “posicionamento” e se orientam por elas)? Como separar o joio do trigo, o bom candidato do mau?

    Nestas eleições, muita gente ainda pensa dessa maneira, mas há uma nova, posta na mesa pelo principal ator de nosso sistema político. Nela, o foco da escolha deixa de ser o artista e passa a ser a obra.

    Por muitas razões, Lula foi levado a apresentar essa proposta ao eleitorado. Talvez porque não tivesse, do seu lado, a opção da candidatura de um “notável”, talvez porque calculasse que teria mais sucesso desse modo, ele terminou propondo uma mudança na lógica da escolha. Ao invés de cotejar biografias e personalidades, que a eleição fosse uma comparação dos resultados obtidos pelos partidos no exercício do poder.

    Goste-se ou não de Lula, essa proposta é uma inovação em nossa cultura. Ela oferece uma base racional para a escolha, na qual várias ilusões saem de cena. O mito do “herói solitário”, do “candidato do bem”, capaz de reformar sentimentos e prioridades, é apenas um, mas dos mais importantes. Chegou a eleger um presidente há 20 anos.

    A candidatura Dilma foi sempre o inverso disso. Ela convocou as pessoas a considerá-la pelo que representava, não por seus atributos pessoais. Sua mensagem era clara: “Olhe para o que proponho, para quem está comigo, para o que fizemos no governo, de certo e de errado. Faça o mesmo com meu adversário principal. Compare e decida”.

    Serra começou a campanha acreditando que os eleitores continuariam a pensar com o modelo de antes, baseado na disputa de biografias. Sua experiência e história bastariam para elegê-lo, se isso ocorresse.

    Visivelmente, a hipótese não se confirmou. A vasta maioria do eleitorado até admite que seu currículo é melhor que o de Dilma. Mas pensa em votar levando em conta outros fatores.

    Nestes últimos dias, uma nova encarnação da forma antiga de escolher está em voga: a “onda Marina”. Ela tem tudo que conhecemos de algumas candidaturas do passado: a “solidão”, a “sinceridade”, a “boa vontade”. Perguntada sobre como governaria, é franca: com os “bons” dos dois lados. Ou seja, está sozinha.

    Só um romantismo quase pueril acreditaria que é possível governar assim. Mas é tão arraigada a fantasia a respeito das “pessoas de bem que mudam o mundo da política” que muita gente, especialmente na classe média metropolitana, se seduz por ela.

    O “povão”, mais realista, olha isso tudo com descrença.

    Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

  18. socorro gomes disse:

    Como Dilma, doutora Marineves merece o nosso respeito. Ela é uma das grandes mulheres que eu conheço e a admiro!

  19. Valdir disse:

    O governo de Lula em 8 anos consiguiu fazer com que a maioria da população dependesse do governo para Sobreviver, devido aos seus programas sociais. Assim criou a sensação de que se o governo mudar vai se perder todos os beneficios e a segurança que se tem. Quanto mais a população depende do governo, sempre o governo vai estar lá, forte e popular. Assim o Brasil sempre vai perder, pois a maioria da população vai smpre “mamar em suas tetas”

  20. UMBERTO ALVES disse:

    A mulher cada vez mais vem ocupando seu espaço. Esse comentário é um grande exemplo, pois externa o sentimento de uma brasileira forte e realista. Nem todos que compartilham do mesmo sentimento expõem suas opiniões, o que é uma pena. Normalmente o que se vê é uma pequena parcela de preconceituosos tentando mudar a opinião de uma maioria que, cansada de viver em um país onde as oportunidades eram destinadas aos amigos do rei, souberam mudar o quadro nacional, elegendo um homem do povo que conhece suas necessidades. Respeito a opinião dos que não simpatizam com o atual governo, mas sejamos sinceros, 85% de aprovação é uma boa resposta para muitos que insistem em dizer que o Brasil não melhorou.
    VIVA O POVO BRASILEIRO.

  21. BENNE disse:

    É UMA PENA LER ESSE TIPO DEPROPAGANDA ELEITORAL, DISFARÇADA DE ARTIGO.

  22. Dreda disse:

    Caro Alex Sidney, não digo que não concordo com boa parte (certamente não com tudo) do texto de Dra. Marineves, médica que tive a oportunidade de conhecer pessoalmente (ainda que brevemente) e conheço a nobreza do seu trabalho como pediatra. O que acho é que esse tipo de opinião deveria aparecer no blog apenas na parte de “comentário”, e não como artigo, pois isso evidencia que o jornalismo do blog é tendencioso politicamente, tirando a credibilidade das críticas que faz à oposição, por exemplo ao Governo de Júlio Lóssio.

    só isso. Respeito a opinião da Dra. Marineves, tenho a minha própria, e respeito a sua também. Só acho que o espaço para nos expressarmos é aqui nos comentários, e não como artigo do blog.

  23. jorge disse:

    Ficou interessante … recentemente o Estadão na sua linha editorial expôs a sua opção… porque não poderia fazer o jornalista Carlos Britto ? Creio que é a isso que os blog’s espalhados por este país se propõe…. Informar e estimular o debate, sempre considerando a diversidade das opiniões , crenças e ideologias.
    Respeito a opção da cidadã Marineves como a de tantos outros.. e passei a admirar o embasamento, a clareza e o conhecimento evidenciado no texto escrito por Bruno Santos da Silva !!!
    Nesa linha, vale a pena perder alguns minutos e dedicar à leitura ao texto do tambem jornalista Elio Gaspari :

    A quinta reinvenção de Lula
    Élio Gaspari – O Globo – 30/09/2010

    Dentro de três meses começará um novo espetáculo político: a reinvenção de Lula. O retirante tornou-se operário, inventou-se como sindicalista, reinventou-se como dirigente político e chegou ao apogeu da metamorfose ambulante como presidente da República.

    A partir do ano que vem, precisará reinventar-se. Se a sua candidata prevalecer, será o primeiro presidente que, tendo apontado o sucessor, prosseguiu na vida pública com um projeto político pessoal. Descobrirá que pedestal não tem escada para descida.

    Se lhe foi difícil chegar lá em cima, terá trabalho para descer.

    Por um breve período passará pela câmara de descompressão de São Bernardo, vendo os jogos do Corinthians, comendo a chuleta do Gigio e jogando conversa fora. Logo, logo, seja qual for o resultado da eleição, será candidato a presidente em 2014. Sem AeroLula, voltando a carregar sua própria mala (como fazia obsessivamente quando viajava ao exterior), reencontrando-se com as maçanetas (porta abre sozinha para os presidentes). Essa é a parte fácil.

    A parte difícil será encontrar o ponto de convergência entre o que ele pensa que é e aquilo que realmente passará a ser. Uma das construções está na sua cabeça. A outra, na dos outros.

    Nas reinvenções anteriores, Lula superou obstáculos difíceis e até mesmo certezas de que tentava o impossível.

    Esse será seu novo espetáculo.

    Não terá mais dezenas de jornalistas acompanhando-o. Muito menos cercadinhos para mantê-los à distância.

    Durante toda a sua carreira como oposicionista, Lula teve uma relação privilegiada e até mesmo cúmplice com as plateias. Quem ia ouvi-lo estava ao seu lado ou, pelo menos, dispunhase a entendê-lo. Em oito anos de Presidência, habituou-se a uma forma peculiar de diálogo, permitida pelo cargo. Ele monologa, e a contradita vem depois. Na oposição, quando dizia que Napoleão foi à China ou que Oswaldo Cruz descobriu a vacina da febre amarela, dava-se pouca importância ao absurdo. Na Presidência, quando disse isso, não teve resposta imediata de um interlocutor que corrigisse a bobagem.

    Na busca de uma agenda internacional, Lula pretende fazer um roadshow com Dilma Rousseff, mas não se sabe o que fará se o eleito for outro. Nosso Guia andará pelo mundo com duas bolas de ferro. A do companheiro Ahmadinejad mostrou seu peso na indelicadeza da delegação israelense ao boicotar o discurso do chanceler Celso Amorim na última Assembleia Geral da ONU. O estrategista que se meteu no rolo do Oriente Médio, apresentando-se como mais um interlocutor na busca do diálogo, mutilou sua capacidade de conversar direito com uma das pontas do problema. A bola de ferro dos camaradas Castro coloca-o na dependência de uma improvável abertura política em Cuba.

    Lula sonha com o que chama de uma frente de esquerda. Em 2003, quando entrou no Planalto, essa possibilidade existia, mas o que seria uma frente de esquerda hoje? Que esquerda quer se meter com o Ereniçário, versão decadente do aparelho construído por José Dirceu, que hoje está sub judice no Supremo Tribunal Federal? No jogo de esquerda-direita, o que Nosso Guia conseguiu foi rearticular a direita paleolítica. Como esse bolsão de militância tem tudo, menos votos, Lula tirou partido da fúria de seus adversários.

    Daí a chamar de esquerda uma coligação que em São Paulo tem no palhaço Tiririca o puxador de votos de sua legenda para deputado federal, vai boa distância. Nunca é demais lembrar que fenômenos como Enéas e o rinoceronte Cacareco não estavam coligados com outros partidos.

    Dá pena pensar na possibilidade de alguns candidatos petistas virem a dever suas cadeiras na Câmara aos votos do deputado Tiririca.

    Uma vitória de Dilma Rousseff significará o início da experiência do lulato. Terá que inventar um sistema de mando ao modo Pinheiro Machado: nem tanto que digam que ela faz o que eu digo, nem tão pouco que achem que não me ouve. Podese arriscar a previsão do ponto de onde sairá uma faísca num eventual governo de Dilma: dos interesses de bons amigos na Anac e na Infraero.

    Em tese, Lula faria o mesmo que fez Fernando Henrique Cardoso. Aluga um belo prédio e vai organizar seminários.

    Afinal, acha que fez isso no Instituto da Cidadania. Entre ele e o tucano há enormes diferenças. Um saiu do governo para não mais voltar. Ele, não. Ademais, o príncipe da sociologia é capaz de passar duas horas trancado, lendo, ou ouvindo. Lula não gosta de fazer qualquer das duas coisas por mais de 15 minutos. FH tem fama de vaidoso, mas o Padre Eterno deu-lhe suficiente paciência para abrandar o egocentrismo. Nisso, foi malvado com Nosso Guia e com o pavão, a quem deu aqueles pés medonhos.

  24. pericles nunes disse:

    digam ao andré que o tal Professor Wagner Valenti é mais um dos embustes demotunganos.
    desafio mostrar o curriculo Lattes que todos pesquisadores e professores são obrigados.
    digam ao alvaro que o renan, pasmem, foi ministro da justiça de FHC e colega de serra, ministro do planejamento qdo planejou o apagão
    digam ao alvoro, que FHC foi lider de governo do sarney
    demotunganos tem memória? sabem ler?

  25. Sandra disse:

    Parabéns Drª Marineves!!!
    Faço das suas palavras, as minhas…

  26. Pe. Antonio disse:

    Para ajudar o debate democrático é bom confrontar os pensamentos e análises: Eis um artigo para contribuir:
    Velha mídia, nova derrota

    Nunca se viu tanto racismo, tanto discriminação tanto ódio na boca de certos políticos e jornalistas

    Por Marilza de Melo Foucher

    Uma vez mais a mídia tradicional brasileira será derrotada numa eleição presidencial. Ela assumiu nas ultimas eleições de Lula, e agora com Dilma, a candidata de Lula, o principal papel de opositor. A chamada grande imprensa brasileira, que de grande não tem nada, tendo em vista sua parcialidade, sempre detestou o cidadão Lula e o presidente Lula. Não se conhece na historia republicana mundial um presidente que tenha sido tão desrespeitado quanto Lula.

    Nunca se viu tanto racismo, tanto discriminação tanto ódio na boca de certos políticos e jornalistas. Tentaram por todos os meios impedir que chegasse ao poder. Como Lula persistiu, foi eleito e reeleito para o desespero deles, passaram a praticar uma oposição permanente ao governo, sem nenhuma visão critica. Foram incapazes de reconhecer que o governo conseguiu desenvolver um bom trabalho de inclusão social, diminuindo consideravelmente as desigualdades no território brasileiro. Foram também incapazes de reconhecer que hoje o Brasil é exemplo internacional na luta contra a fome, que tem credibilidade internacional.

    Tentam agora, a todo custo, criar sensacionalismo por meio de um clima permanente de denúncias sem provas. Esta passou a ser a única estratégia para desacreditar o governo Lula e sua candidata. Nesses últimos anos o debate político no Brasil perdeu o brilho da racionalidade que exige a boa análise. Aquela que contextualiza, que coloca a nu certas contradições e cujo conteúdo leva o leitor a refletir sobre sua realidade.

    A TV Globo, certas revistas e jornais alimentaram e provocaram sempre o baixo nível do debate político no Brasil e nada ajudaram na construção de uma cidadania política. O pior, para essa mídia reacionária, é que o presidente Lula, que tanto lutou pela democratização do Brasil, nunca utilizou da censura. A imprensa sempre teve total liberdade. No fundo eles gostariam de provocar o acirramento para serem censurados, assim poderiam acusar o Lula de ditador!

    Também para o desespero desse tipo de mídia, acostumada a manipular a opinião publica brasileira, um parte da população passou a ter acesso a outro tipo de informação política via internet, que vai proporcionar outro tipo de debate político, com efeito multiplicador nos centros de formação de opinião, fora do “padrão globo” habitual. Houve também um amadurecimento político no exercício da cidadania. Os brasileiros, mesmo sendo críticos a certos projetos do governo Lula, reconhecem que o Brasil mudou para melhor e querem a continuidade com Dilma.

    O Brasil é hoje uma grande nação e merece que o jornalismo seja praticado dentro do rigor intelectual necessário. Nada de bajulação, apenas neutralidade necessária para analisar os fatos tais como eles se apresentam. Um jornalismo independente do poder político enaltecerá sem duvida a democracia dessa jovem nação. Felizmente nos restam alguns jornais e poucas revistas politicamente corretos.

    O que fazer, seu Zé?

    Lamentavelmente, José Serra perdeu a capacidade política de participar num debate digno de uma eleição presidencial. Trata-se de um momento propício para a confrontação de idéias, programas sobre o que cada um tem a propor para o povo brasileiro. Quando a política perde seu “P” maiúsculo, a politicagem assume o picadeiro do circo. Aí vira esse triste espetáculo que só enfraquece a jovem democracia brasileira.

    O governador Serra, que viveu exilado no Chile, poderia pelo menos ter uma visão mais digna de um homem político que lutou pela democracia. Ou ele é cego ou vê mal a realidade brasileira, daí não aceita comparar os resultados do governo FHC (de que participou) com o governo Lula. Daí o desespero e despreparo político de Serra para enfrentar uma conjuntura econômica e política mais propícia ao governo de Lula. Seu comportamento de vampiro que quer sugar sua adversária, gorgolejando palavras ferinas em nada enaltece o modo de exercer um cargo político.

    Ele esquece, junto com seus aliados da mídia reacionária, que o povo hoje está vacinado contra o efeito nefasto do padrão Globo. Espera dos políticos outro tipo de comportamento. Quer propostas concretas para assegurar o futuro de um Brasil para todos, sem exclusão.


    Marilza de Melo Foucher é doutora em economia e especializada em desenvolvimento territorial integrado e solidário

  27. Pe. Antonio disse:

    Para quem gosta de ler, pensar e refletir:
    A mídia comercial em guerra

    Por Leonardo Boff

    Sou profundamente a favor da liberdade de expressão, em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

    Esta história de vida me avaliza a fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o presidente Lula e a midia comercial, que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o presidente e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

    Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como famiglia mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo o Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

    Na sua fúria, quase desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

    Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica, produzindo.

    Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

    Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

    Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados, de onde vêm Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coronéis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

    O povo, cansado de ser governado pelas classes dominantes, resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

    Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição de renda. Antes, havia apenas desenvolvimento/crescimento, que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora, ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

    O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico, que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela Veja (que faz questão de não ver…), protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

    O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocolonial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista? Ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas, para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

    Esse Brasil é combatido na pessoa do presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construído com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

  28. Osvaldo Nacildo dos Santos disse:

    Sou católico praticante e fico triste vendo um padre saindo de sua obrigação pra dizer besteira. Ser contra a imprensa e contra o povo que quer a continuação da democracia em nosso país é contra o que jesus pregou pois ela sempre pregou a igualdade e liberdades dos povo. pensa bem padre, nos ano que o senhor passou no siminário estudando pra servir a deus e ploítica dese jeito afasta as pessoa da igreja.

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