Artigo do leitor: “As próximas eleições e a enxurrada de promessas”

por Carlos Britto // 10 de outubro de 2015 às 13:30

Nova PetrolinaAlguns eleitores já estão bem atentos às promessas políticas que aparecerão junto com as eleições que se aproximam. É o caso do jovem Caio Oliveira, que escreveu ao Blog para falar do assunto. Em artigo, Caio ressalta a falta de infraestrutura na zona oeste de Petrolina e teme os “remendos” que poderão ser feitos durante o período pré-eleitoral para conquistar votos.

Acompanhem:

As próximas eleições estão chegando e seremos soterrados de promessas. E o transporte não vai ficar de fora delas. Transporte, que aqui em Petrolina, nunca foi grande coisa e agora está pior. Desde meus onze anos sou usuário dos coletivos da Cohab VI e até hoje nunca os vi funcionar de forma adequada. As viagens quase sempre foram lotadas pelos moradores do bairro, dos bairros próximos e das pessoas que pegavam durante o percurso.

O coletivo sempre foi um problema recorrente ao bairro, já que a frota disponível não era nem de longe condizente com o número de usuários. Sem falar das condições precárias, dos constantes atrasos e do preço absurdo. E quando passavam no horário combinado, o carro quebrava. Infelizmente, esses problemas são atuais e em escala maior. É quase impossível ser pontual dependendo de ônibus.

Após a instalação do bairro Nova Petrolina, próximo à Cohab VI, que foi feito sem nenhum tipo de planejamento, feito nas “coxas”, já que o bairro sofre de outros problemas além desse, o que era caótico ficou insustentável, já que é a mesma quantidade de carros para atender a população da Cohab, o Rio Corrente, Jardim Guararapes, Rio Claro, Jardim Guanabara, Nova Petrolina, Parque Massangano e adjacências.

Os horários de pico são visões do inferno. Às 7 da manhã, o ônibus está lotado antes mesmo de sair de dentro da própria Cohab, abarrotado, que se alguém tirar o pé do chão não tem mais como pô-lo no mesmo lugar.

E isso faz com que o motorista seja obrigado a passar direto, porque não tem mais condições, minimamente humanas, de pegar mais qualquer pessoa. E essa situação se repete várias vezes ao longo da semana, em diferentes horários. Para onde vai o dinheiro arrecado com as passagens? Não há carros novos para colocar nos horários de maior necessidade, limpos, ou que sequer estejam inteiros. Ainda há carros com janelas quebradas ou bancos faltando.

Mas como já aconteceu antes e vai acontecer novamente, a partir de agora até outubro do ano que vem, vão aparecer vários paliativos, “remendos” nos problemas, tapa-buracos e muitas promessas do tipo: “…se eu for eleito, trago uma nova frota de ônibus, uma nova empresa, implanto um sistema que impossibilite os atrasos, apresento outro meio de transporte coletivo que vá interligar a cidade, de forma rápida e barata, vamos reparar e consertar os pontos de espera e afins…”.

Se as várias reclamações dos passageiros não surtem efeito, e se o descontentamento dos usuários e dos empregados não são suficientes para serem levados em conta, vamos ao menos prestar atenção em quem já prometeu e não cumpriu, ou nem ao menos tentou fazer algo parar solucionar, já que isso não afeta apenas quem os utiliza, mas também a quem depende das pessoas que precisam dele.

Caio Oliveira/Leitor

 

Artigo do leitor: “As próximas eleições e a enxurrada de promessas”

  1. João José dos Santos disse:

    Ônibus é apenas um dos vários problemas e está correto o artigo do leitor, pois com certeza irão surgir candidatos com solução para todos os problemas, mas parece que o povo está hipnotizado, pois os candidatos são os mesmos, já testados e comprovados de suas incompetencias para gerir uma cidade da casa importância que é Petrolina. Basta ir em qualquer bairro periférico pra ver a falta do básico, como saneamento, pavimentação, etc.. E quando alguns teem, pela metade, é tudo mau feito. Um manilhamento de esgoto, coisa simples de execução, torna-se complicadíssimo para esses gestores. Uma simples desobstrução de bueiro de esgoto entupido, vira uma farra nas emissoras de rádio local. Vai secretário de infraestrutura da prefeitura, diretor da Compesa, representante de bairro e ninguém resolve nada. Um caos.

  2. GUILHERME VITOR disse:

    Alguns eleitores já estão bem atentos às promessas políticas que aparecerão junto com as eleições que se aproximam.

    SERÁ QUE ESTÃO MESMO?. ISTO EXISTE DESDE A REPÚBLICA QUANDO VOTOS SAO CONQUISTADOS COM FALSAS PROMESSAS. A LÓGICA ME DIZ PARA NAO GENERALIZAR!!!
    CRITICO A PRÁTICA DE MUITOS OU QUASE….QUASE TODOS OS POLÍTICOS BRASILEIROS.

    É PRECISO QUE TENHAMOS URGENTENTE UMA DISCIPLINA NAS ESCOLAS…TIPO….POLÍTICA E CIDADANIA..DANDO ÊNFASE À FORMAÇÃO DOS NOSSOS PROXIMOS ELEITORES!!
    CONCERTAR O QUE JÁ ESTÁ AI NAO TENHO MAIS ESPERANÇA.
    TIPO…VOU VOTAR NO CANDIDATO TAL PORQUE ELE….
    ENFIM

    1. João José dos Santos disse:

      Concordo com a disciplina nas escolas, preparar os futuros eleitores, conscientes e sem se deixar levar pelas falsas promessas. Aliás, onde está a bandalheira da corrupção, é nos municípios, tem prefeitos que não tem capacidade para gerir a casa deles com 200m2, sem noção nenhuma o que e uma obra de saneamento, quanto custa, pois estes não interesse em realiza-las. Não teem projeto pra nada e sem projetos não se realiza obra. Mentem quando emitem relatórios pro ministério da educação, manipulando números, pois não há fiscalização. Basta acessar quando vem para esses municípios e ver que não se faz nada com tanto dinheiro e como não há fiscaliza e a impunidade impera, surgem coisas bizarras com essa prefeitinha do Maranhão
      Ela só fez aquilo porque tinha conivencia da câmara de vereadores, pois como pode uma farra daquelas acontecer e ninguém ver, numa cidade tão carente?

    2. Luis Fernando disse:

      Prezado Guilherme. Antigamente as escolas tinham as disciplinas de EMC (Educação Moral e Cívica) e OSPB (Organização Social e Política Brasileira) que, basicamente, falavam disso. Acho que seria até válido ter uma disciplina dessas de volta, mas com algumas ressalvas. Quando eu estudei EMC, a professora utilizou um livro do Frei Betto, e a minha vontade na época, era transformar o Brasil em Cuba. Depois de um tempo, o meu ímpeto “revolucionário” se acalmou. Acho importante que os alunos tenham acesso a uma disciplina que os faça conhecer, ainda que de forma básica, direitos básicos como os constitucionais e os eleitorais, pois assim estes teriam argumentos para questionar. Mas tem que haver muito cuidado, pois alguns professores querem ensinar suas ideologias, que nem sempre condizem com as dos pais e as dos próprios alunos.

  3. Luis Fernando disse:

    Antigamente eles até prometiam mais. Hoje nem precisam de promessas. Como somos “democraticamente” obrigados a votar, as campanhas hoje resumem-se a lavagem cerebral, inundando as ruas de santinhos e jingles tocados repetidamente. Até hoje ecoa na minha cabeça o refrão “É o 15, é o 15, é o 15…”. Ano passado, a escola onde fica a seção eleitoral onde fui justificar meu voto estava cheia de santinhos de um deputado federal, que se reelegeu. No meu tempo isso era considerado boca de urna.
    Temos que deixar de sermos omissos. O que mais ouço é gente que “não aguenta falar de política”, mas que se queixa de aumento de impostos e de serviços de má qualidade. A nossa obrigação não se resume somente às eleições. Temos que fiscalizar os candidatos eleitos e conhecer os candidatos novos antes de votar neles.

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