Articulação de governadores para reduzir piso nacional dos professores revolta categoria

por Carlos Britto // 24 de fevereiro de 2012 às 21:07

A notícia de que o governador Jaques Wagner, da Bahia, juntamente com os colegas dele Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, Cid Gomes, do Ceará, Renato Casagrande, do Espírito Santo, e Antonio Anastasia, de Minas Gerais, estariam articulando para que o deputado Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara Federal, colocar em votação projeto que reduz o piso nacional dos professores, causou surpresa e indignação nos meios educacionais baianos. O pedido ocorreu durante a posse de Maria das Graças Foster na presidência da Petrobras, segundo nota do jornal O Globo.

Para o coordenador geral da APLB/Sindicato, professor Rui Oliveira, a proposta é completamente equivocada e vai na contramão do Plano Nacional da Educação do governo federal, que prevê a recuperação das perdas salariais dos profissionais da área que chegam a cerca de 60%. “Há o compromisso da presidente Dilma Rousseff em corrigir essa distorção”, assinalou Oliveira.

O coordenador da APLB/Sindicato lembra ainda que o governo baiano assinou, no ano passado, acordo com a entidade se comprometendo a conceder à categoria os mesmos índices de reajuste salarial do governo federal.

Também representante da Confederação dos Trabalhadores em Educação (CTE), Oliveira informa que a entidade vai realizar em março uma greve nacional tendo como principais reivindicações o piso salarial, o plano de carreira e a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação. “Os governadores que defendem redução do piso demonstram sua total falta de compromisso para com a Educação“, alfineta Rui Oliveira, considerando difícil que eles consigam apoio da bancada federal para tal empreitada.

Interesses eleitorais

Conforme lembra o coordenador da APLB/Sindicato, cerca de um terço da Câmara Federal vai disputar as eleições municipais e, certamente, não vai querer “se queimar” com o eleitor votando um projeto dessa natureza. “Quero ver se Pelegrino, Alice Portugal ou ACM Neto vão mostrar-se favoráveis a tal aberração”, desafiou.

Rui Oliveira ressalta, ainda, que caso a proposta ganhe fôlego e chegue a ser votada no Congresso Nacional, as entidades de todo o país estarão mobilizadas para expor publicamente o nome dos políticos traidores da educação. “Nem quero crer que isto seja sério”, desabafou Oliveira. (Da APLB/Sindicato)

Articulação de governadores para reduzir piso nacional dos professores revolta categoria

  1. PM DESESTIMULADO disse:

    O PISO DOS PROFESSORES É LEI,E A GAP 4 E 5 DOS PMs TAMBEM É LEI,E O GOVERNO NÃO CUMPRI,E SE ALGUM SINDICATO DOS PROFESSORES FIZER ALGUMA GREVE VÃO FICAR PRESOS COMO OS POLICIAIS JÁ ESTÃO,O PT HOJE SIGNIFICA ESTADO DEMOCRATICO DE DIREITO?.

  2. João disse:

    Durante o Brasil Imperial, diga-se século XIX, os leitores de jornais da época se acostumaram com expressões: Luzias e Saquaremas, as quais se referiam a membros dos Partidos Liberal e Conservador. Era também notorio que para os politcos daquela época tanto fazia ser Liberal ou Conservador, o que importava na verdade era estar vivendo as custas do Poder Público e pertencer ao governo de D. Pedro II e sempre se sair beneficiado com o beneficio do poder público. Será que analisando os últimos vinte ou trinta anos da política brasileira, ou seja, fim do século XX e atual século XXI vemos alguma diferença ? A Política brasileira é comandada por homens que criam agremiações e se apresentam com defensores de uma vanguarda de esquerda, ou, que se apresentam como defensores de uma política de centro e nos discursos políticos eleitorais prometem justiça social, melhorias salariais para servidores públicos, valorização das instituições públicas e muitas outras promessas de campanha. Mas basta se aboletar no poder executivo que tudo se modifica: O Luzia se torna Saquarema, o Liberal em Conservador, o Socialista em político de práticas à direita. Que discuros é esse ? Que Prática ético-política é essa ? – Quantos conchavos são necessários para o enrequecimento pessoal dos profissionais políticos desse país ?

  3. sem comentarios disse:

    Esse governador da Bahia não tá nem aí pra classe dos professores tanto que a única vez que eu me lembro que os professores fizeram greve no governo dele ele não quis negociar e só deu um aumento absurdo de 3% mesmo assim só depois deles voltarem pra sala de aula. Agora o que eu não entendo é porque de vez em quando sai pesquisas onde ele aparece como um dos melhores governadores do país.

  4. Julio disse:

    Quero é ver se isso vai acontecer e os professores irão ficar de braços cruzados, temos que fazer = aos bancarios que quando param bota pegado na economia do país e não estão nem aí para os prejuizos, certo eles, vamo fazer o maior movimento da historia deste país.

  5. nina disse:

    É seríssimo td isso. Esse piso nacional é uma farsa. Fica essa celeuma aprova, não aprova, dá, tira e os políticos se elegendo e se reelegendo. A historinha desse piso é velha. Elegeu FHC, reelegeu; elegeu Lula, reelegeu, elegeu Dilma… e por ai vai; piso q é bom nada, só balela. E ainda tem gente acreditando nessas baboseiras todas. A mente do povo vive com mal de alzheimer. Nunca lembram das atrocidades q esses “representantes do povo” fazem. Não se enganem. É dai pra pior…Infelizmente, isso é Brasil, o país do vale td e salve-se quem puder. E haja jeitinho brasileiro, para pior arrgggh!!!!!!!!

  6. uendel disse:

    É brincadeira a falta de respeito com o profissional da educação.A desmoralização do país começa com essas atitudes tomadas pelos nossos representantes.É uma vergonha .

  7. edinho disse:

    Esse Rui é um mentiroso, lambe botas do governador. Mais de 300 professores do Estado da Bahia, que trabalham em Juazeiro e que também são professores do Estado de Pernambuco (trabalham em Petrolina) estão sendo exonerados por Jaques Vagner do PT (Partido dos Traidores) desde dezembro de 2011, e o RUI (M) OLIVEIRA não coloca nem uma nota sequer no site da APLB.

  8. Ailton disse:

    Jaques Vagner é um brincante de Governador, um senhor descompromissado com a causa pública, uma pessoa fria e malvada, foi assim com os Policiais e agora com os queridos TIOS que tanto colaboram para que nossas crianças um dia, sejam pessoas bem informadas e capazes de escolher GESTORES que realmente valorizem aqueles que de alguma forma são essenciais para a sociedade. Pessoal já fui muito simpatizante da política, discutia, defendia aqueles que na minha concepção eram as melhores opções, hoje em dia, aliás há muito tempo, tenho antipatia por politica, seus representantes são abutres do dinheiro público, visam interesses pessoais e esquecem que estão alí para SERVIR E PROTEGER a sociedade!!

  9. Jonh disse:

    Esse Governador baiano nem parece mais aquele chefe da casa civil que contornou o affair mensalão! Agora só planta vento e da metáfora popular, quem opta por tal semeadura colhe TEMPESTADES!

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