Após denúncia de jornalista, empresa nega trabalho infantil na Orla de Juazeiro

por Carlos Britto // 30 de julho de 2015 às 09:32

Após a jornalista Sibelle Fonseca denunciar, em seu Facebook, casos de trabalho infantil na Orla de Juazeiro (BA), e este Blog ter reforçado a denúncia da comunicadora, a empresa ‘Eskpauto’ – que tem sua logomarca estampada nos uniformes dos meninos que vendem amendoins – se manifestou e disse que não forneceu os uniformes para os garotos. A empresa ressaltou que “repudia o trabalho infantil”. Vale destacar que Sibelle Fonseca não citou o nome da Eskpauto em seu texto. No entanto, a nota da empresa diz que a jornalista “deixou transparecer que esta patrocina e incentiva o trabalho infantil”.

Acompanhe a nota na íntegra:

A Eskpauto vem, por meio desta, tornar público alguns fatos equivocadamente imputados à sua responsabilidade. 

Foi publicado na página do Facebook da jornalista Sibelle Fonseca uma fotografia em que se verificam menores vendendo amendoins no Centro da cidade de Juazeiro. Na publicação a jornalista, apesar de não nomear a loja Eskpauto, deixa transparecer que esta patrocina e incentiva o trabalho infantil. 

Pois bem, almeja-se de qualquer jornalista dedicado à sua importante profissão que, antes de divulgar qualquer fato, que o mesmo seja devidamente apurado. 

No caso em comento tal não ocorreu, pois, se publicação tivesse realmente buscado a verdade dos fatos, certamente iria se deparar no fato de que a Eskpauto não forneceu as vestimentas indicadas na publicação aos menores. É verdade que esta empresa fornecia gratuitamente colete de proteção aos vendedores de amendoim nas cidades de Juazeiro e Petrolina. Entretanto, somente a pessoas maiores e capazes. Se estas receberam tal colete e entregaram e obrigaram menores a vestir e vender tais produtos, foge à competência da empresa em questão.

Ademais, os fatos apontados na publicação não se vinculam à filosofia da empresa no que tange à sua responsabilidade social, tal qual não vincula a todo e qualquer empresário e/ou político que eventualmente tenha seu nome estampado em material de publicidade utilizado de maneira imprópria por quem os recebe, mesmo que com ordens e diretrizes claras para a sua finalidade.

A Eskpauto aproveita o ensejo para ressaltar que repudia o trabalho infantil e muito mais àqueles que os exploram. A Eskpauto está estabelecida  nas cidades de Juazeiro e Petrolina há mais de 30 anos e nunca, jamais, empregou menores em seus estabelecimentos.

Após denúncia de jornalista, empresa nega trabalho infantil na Orla de Juazeiro

  1. Jeana disse:

    É melhor crianças trabalhando e estudando que apenas roubando

  2. Jorge Almeida disse:

    Acho que uma jornalista, formada em uma universidade, não faria uma coisa dessas.

  3. rui2 disse:

    realmente a coisa piora pois biotipo ou manequim de adulto raramente cabe em crianças.

  4. Leitor disse:

    Que absurda essa denúncia, trabalhar dignifica a pessoa.
    Esse meninos estão trabalhando p/ ajudar em casa, e todo trabalho lícito é louvável, em qualquer idade.
    Se esses meninos estivessem na rua cheirando cola e roubando, ninguém dizia nada, ninguém faria nada.
    Hipocrisia, os esquerdosos vivem disso.

  5. Diego Lopes disse:

    Parabens a essa jornalista por ter denunciado.
    Lembrando que trabalho infantil é crime. Mais eles estão ajudando em casa e os pais onde estão ? Existem muitas crianças nas ruas de petrolina pedindo dinheiro justamente por nos cidadão ficarmos comovidos e ajudamos so que por tras os pais ficam em casa se aproveitando de seus filhos. Local de criança é na escola ! Trbalho para crianças ja existe e é chamado menor aprendiz onde os mesmos tem seus direitos.

  6. Maria disse:

    Ah! Então srs. comentaristas, se vocês tiverem filhos ainda crianças, eles trabalham na noite varando a madrugada para ajudá-los nas despesas de casa não é verdade?
    Criança não é para trabalhar é para viver a infância, ir para a escola, ser educada e preparada para viver uma vida adulta com dignidade, saudável.

  7. Jovem trabalhador, adulto responsável... disse:

    Trabalho desde que me entendo por gente. Aos 8 anos de idade embalava compras em um mercadinho de uma tia à trade pois estudava pela manhã, aos 12 anos vendia picolé na feira livre e fogos em frente à minha casa no São João, aos 14 anos ingressei no Senai onde fiz o curso de torneiro mecânico por dois anos cumulativamente com meu primeiro grau na escola pública, aos 16 anos trabalhava em uma farmácia durante o dia e à noite cursava o segundo grau em escola pública, aos 18 passei no vestibular da UPE e 14º lugar, aos 20 passei em um concurso público estadual, aos 21 passei novamente no vestibular da UPE em 7º lugar. Minha irmã sempre trabalhou também, desde cedo. E mesmo nessa torrente de obrigações não nos faltava tempo para brincar. Eu particularmente acho melhor ajudar os pais do que ficar nas ruas, principalmente nos dias de hoje onde a violência cresce desenfreadamente. Hoje as crianças e adolescentes estão cada vez mais acomodadas esperando pelos pais sempre. Nunca pedi nada aos meus pais, pois tinha consciência da dificuldade financeira, o que me levou a querer ajudá-los sempre. Continuem dando tudo que seus filhos quiserem que estarão criando jovens “descansados” demais. Hoje vemos adolescentes dizendo que só vão trabalhar quando terminarem a faculdade. Aí os pais tem que sustentá-los até os 22, 23 anos. Eu particularmente sempre gostei de ter o meu dinheiro, de conquistar minhas coisas. Aos 15 anos, trabalhando em uma farmácia, a conta de energia e a carne que comia eram fruto do meu dinheiro, pois sempre tive a consciência de ajudar os meus pais. O trabalho engrandece e dignifica o homem.

    1. De olho disse:

      Parabéns por não fazer parte da geração “nenem”. Com a desculpa que criança não trabalha, ficam barbudos sustentados pelos pães.

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