O vereador de oposição, Manoel Antônio Coelho Neto, o ‘Manoel da Acosap’ (PHS), disse não temer que a Casa Plínio Amorim seja maculada pelo episódio do arquivamento das duas CPIs – a do São João e a do antigo Hospital de Traumas – que culminou com a ocupação do prédio do Legislativo por integrantes do Movimento ‘Resistência Petrolinense’.

Ao Blog, Manoel ressaltou que se houve algum desgaste, foi provocado pelos próprios pares. Como votou a favor da CPI que pretendia investigar os gastos da atual administração com a contratação de artistas para os festejos juninos de Petrolina – principal alvo dos manifestantes –, o vereador se disse de “consciência tranquila”.

Até porque, segundo Manoel, outros órgãos competentes, a exemplo da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), já estão apurando os indícios de irregularidades na realização dos festejos. O MPPE, por exemplo, pediu recentemente o ressarcimento de R$ 4,6 milhões da prefeitura em relação à festa em 2011.

Prerrogativa

O oposicionista acredita, inclusive, que as denúncias que possam surgir dessas investigações só darão respaldo à reabertura de uma nova CPI do São João. “A gente vai pegar as peças que estão sendo analisadas e restabelecer a CPI do São João. O povo quer saber por que tal atração custou R$ 30 mil em tal cidade, e R$ 200 mil em Petrolina”, justificou. Ressaltando a prerrogativa de que é a Câmara Municipal quem tem o poder de cassar o chefe do Executivo, Manoel lembrou apenas ser preciso “mais cuidado” na hora de requerer uma CPI desse nível, para evitar o que aconteceu da última vez. “Vamos reabrir a CPI, mas com documentação apropriada, embasada por parecer jurídico, para podermos formalizar a denúncia mediante os fatos, investigarmos e darmos o encaminhamento”, finalizou.