UPAE Petrolina destaca a importância do diálogo sobre a hanseníase

por Carlos Britto // 17 de janeiro de 2024 às 19:30

Foto: Arquivo/Reprodução

A Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE) aderiu, por mais um ano, à campanha nacional do ‘Janeiro Roxo’, com o tema “Precisamos falar sobre a hanseníase”. A iniciativa visa a aumentar a conscientização e a compreensão sobre a doença, destacando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz.

A dermatologista da UPAE Petrolina, Ana Catarina Mota, explica que a hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que se transmite pelo contato prolongado e próximo com uma pessoa infectada e sem tratamento. A doença pode se manifestar de forma lenta, levando de cinco a dez anos para aparecer os primeiros sintomas, que incluem manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, com alteração ou perda de sensibilidade, dormência, formigamento, fraqueza muscular e problemas nos olhos.

A médica ressalta que a hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento consiste na poliquimioterapia (PQT), uma combinação de antibióticos que elimina a bactéria e impede a transmissão da doença, e dura de seis a doze meses, dependendo da forma clínica da doença. “Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor o prognóstico e menor o risco de sequelas, como deformidades, incapacidades e complicações neurológicas. Por isso, é importante que as pessoas procurem uma unidade de saúde ou um dermatologista ao notarem qualquer alteração na pele ou nos nervos“, orienta.

Exame

A dermatologista também destaca que as pessoas que convivem ou conviveram com um caso de hanseníase devem fazer o exame dermatoneurológico, pois têm maior chance de contrair a doença. Além disso, ela recomenda que as pessoas se informem sobre a hanseníase e não se deixem levar por mitos e falsas crenças. “A hanseníase não é uma doença hereditária, nem um castigo divino, nem uma maldição. É uma doença que pode acometer qualquer pessoa, independente de idade, sexo, raça ou classe social. Não há motivo para discriminar ou isolar as pessoas com hanseníase, pois elas podem levar uma vida normal, desde que façam o tratamento correto“, afirma Ana Catarina Mota.

A UPAE Petrolina conta com uma equipe de dermatologistas que atende os pacientes com suspeita ou confirmação de hanseníase, oferecendo diagnóstico, direcionamento para o tratamento, acompanhamento e orientação. A unidade também realiza ações educativas e preventivas sobre a doença, como palestras, rodas de conversa, distribuição de materiais informativos, entre outras. A campanha do Janeiro Roxo faz parte dessas ações, que buscam sensibilizar e informar a população sobre a importância de falar sobre a hanseníase.

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