UB e PP pedem registro da Federação e podem atrapalhar o projeto de Miguel Coelho

por Carlos Britto // 03 de dezembro de 2025 às 08:30

Foto: divulgação

Sete meses após o União Brasil (UB) e o Progressista (PP) anunciarem a formação de uma Federação, os partidos encaminharão a solicitação de registro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quarta-feira (3). A informação foi dada pelo presidente do UB, Antônio Rueda (foto), através das redes sociais. A Federação União Progressista, quando for homologada, passará a ter a maior bancada na Câmara Federal com 109 deputados, além de 15 senadores e 6 governadores para entrar na disputa eleitoral de 2026.

A política brasileira inicia um novo capítulo. Neste dia 3 de dezembro, levamos ao TSE o registro da União Progressista, fruto da soma de lideranças que escolheram trabalhar juntas por estabilidade, desenvolvimento e responsabilidade. A federação entre União Brasil e PP nasce com propósito: fortalecer o diálogo, unir diferentes visões e construir soluções reais para o Brasil”, escreveu Rueda.

As direções nacionais dos partidos já definiram que Rueda será o presidente nacional da federação. Também chegaram a um acordo sobre que comandará em cada estado, no primeiro momento. Em Pernambuco, o deputado federal Eduardo da Fonte, que dirige o PP, será o presidente da União Progressista.

Mas outra decisão será tomada no próximo ano a respeito das alianças, já que o PP é aliado da governadora Raquel Lyra (PSD) e o presidente do União Brasil, Miguel Coelho, defende a candidatura do prefeito João Campos (PSB) ao Governo de Pernambuco. Miguel e Eduardo são pré-candidatos ao Senado. As informações são Diario/PE-Blog Dantas Barreto.

Comentário meu

Caso a Federação seja consolidada, o projeto de Miguel Coelho ao Senado ficará mais difícil, porque a União Progressista ficará sob controle de Eduardo da Fonte, que quer ser candidato ao Senado. Ele está muito mais inclinado a levar o partido para Raquel Lyra do que para João Campos, porque tem indicações de secretários no governo do Estado e está afinado com o projeto da governadora. Isso pode significar um revés para Miguel, porque havia a expectativa da Federação não vingar e ele, então, ficaria com o controle do UB, partido com forte presença no tempo de rádio e televisão. Mas nada está definido e um acordo, na política, nunca pode ser descartado.

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