Tecnologia usa manta plástica para reter umidade no interior do solo

por Carlos Britto // 20 de setembro de 2011 às 21:00

Utilizando os conhecimentos adquiridos em sua experiência como engenheiro metalúrgico, o produtor paulistano José Abs desenvolveu um equipamento que introduz um filme plástico no solo, formando uma superfície impermeável para retenção de umidade e nutrientes. O equipamento é chamado de SIMA (Subsolador Introdutor de Manta Aberta), e consiste em um suporte, adaptado a um trator, que introduz o plástico no solo de forma rápida e eficiente.

Por estas razões, o equipamento foi trazido para a Embrapa Semiárido, onde em breve serão realizados experimentos sob a responsabilidade do pesquisador José Barbosa dos Anjos. Inicialmente serão testadas duas variedades de alface, com profundidades de 15, 30 e 45 centímetros. “Como o alface responde rápido, em 45 dias já temos resposta”, comenta Barbosa.

Segundo o pesquisador Marco Antônio, o sistema de plantio com uso da manta plástica vai ajudar na economia de água – um bem escasso para os produtores do sertão. “Evitando essa perda de água, diminui o número de irrigações, então isso vai tornar o sistema mais eficiente”, observa.

O susbolador pode ser regulado para variadas profundidades, atingindo até 50 centímetros. A tecnologia atende, portanto, o cultivo de plantas rasteiras, que não possuem sistema radicular profundo, a exemplo do melão, melancia, tomate, cebola e outras olerícolas, bem como grãos (milho, soja e arroz).

De acordo com a análise dos pesquisadores, o custo para o produtor deve ficar em torno de R$ 830 por hectare. O investimento é somente para implantação, pois o material pode ser utilizado por um período de 6 anos, quando será necessário trocar. O plástico polietileno empregado nessa técnica tem espessura de 0,05mm e largura de 40cm, é reciclado e degradável. (com informações/foto da assessoria)

Tecnologia usa manta plástica para reter umidade no interior do solo

  1. JOSE ALBERTO disse:

    Muito se fala sobre preservação ambiental, até entendo, racionalizar a quantidade de água utilizada no plantio. Agora quem e como vai ser retirado todo este plástico colocado no solo?

  2. Jose Abs disse:

    O plástico em estudo é o PE de baixa densidade reciclado e bio degradável.
    Vale notar que os experimentos indicam, ainda, uma espessura de apenas 0,05mm do filme, portanto, reduzida quantidade de material; não há necessidade de ligar uma tira com a próxima, pois os vãos com a mesma largura (sem filme) mantém o campo homogêneo.
    Imagino viabilizar terrenos arenosos e áridos para culturas anuais e até cana de açucar, dando aí uma degradabilidade de 6 a 8 anos quando se refaz a cultura.
    Nestes casos o impacto ambiental pode ser positivo bem como a sustentabilidade do método. Tudo isto está em pesquisa, em caso positivo o método poderá também ser utilizado em países áridos, que já lançam filmes em baixo da camada fértil manualmente e em pequenas áreas,

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Últimos Comentários

  1. Obrigada Carlos por lembrar ao povo dessa cidade, que o que ela é hoje deve a pessoas ilustres como esses…