Setor de carne vê avanço em redução de tarifas dos EUA, mas o de café e uva não

por Carlos Britto // 15 de novembro de 2025 às 13:15

Foto: Reprodução Globo Rural – Ilustrativa – Arquivo Blog

Enquanto o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, afirmou que a decisão dos Estados Unidos em reduzir as tarefas é “uma boa sinalização para o mercado brasileiro“, o setor de café e frutas tem uma visão mais contida.

Na sexta-feira (14), os EUA reduziram a taxa global de 10% para cerca de 200 produtos, mas mantiveram a sobretaxa de 40% ao Brasil. “Melhorou para os nossos concorrentes e piorou para o Brasil“, disse o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, ao g1.

O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos EUA. Com o anúncio de sexta, a tarifa caiu para 40%, mas grandes concorrentes, como a Colômbia e o Vietnã, tiveram a sua tarifa zerada, explicou Matos. “Muitos já tinham acordo bilateral formado, outros estavam com 10% como a Colômbia e a Etiópia“, disse o diretor.

À GloboNews, o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, reafirmou a preocupação do setor. “[A taxa de] 40%, se ficar, continua proibitiva e não muda nada. O Brasil continua totalmente fora do jogo“. Os EUA são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta, segundo o Ministério da Agricultura.

Com o tarifaço, as importações americanas de café brasileiro caíram pela metade (51,5%) entre agosto e outubro, em relação ao mesmo período de 2024, informou o Cecafé.

Abrafrutas

A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) viu a medida como “um avanço relevante para o setor“, mas disse que se preocupa com o fato de a uva, segunda fruta brasileira mais exportada para os EUA, ter ficado de fora da lista das exceções.

Mais de US$ 40 milhões foram enviados no ano passado só para os Estados Unidos, de uva. Então vai afetar“, disse o diretor-executivo da Abrafrutas, Eduardo Brandão. O Brasil exporta uva para os EUA a partir de setembro, quando a colheita começa. Segundo a associação, as exportações da fruta para o país caíram 73% em valor e quase 68% em quantidade, no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2024.

Setor de carne vê avanço em redução de tarifas dos EUA, mas o de café e uva não

  1. Edilberto disse:

    A imprensa suja Globo lixo e outras, tentam manipular a opinião pública, com hipocrisias mentiras, dizendo que Trump “mudou”, está apoiando esse governo COMUNISTA do Brasil, mentira. Com censuras, arbitrariedades do STF, inocentes presos, o governo dos EUA não abre mão da DEMOCRACIA em hipótese nenhuma. O ex presidiário presidente vive fazendo coligações, com ditaduras comunistas. A China se infiltra a cada dia mais no Pais, logo eles montam uma BASE MILITAR aqui e, isso é ruim para os EUA, jamais eles vão aceitar. Quanto mais o governo e STF, penalizarem parlamentares e jornalistas inocentes, só piora aproximação, A taxação baixou apenas 10%, mas continua 40%.

  2. Lúcia disse:

    Hahahaha que viagem desse bolsonarista extremista edilberto. O embaixador bananinha, vai nos salvar viu, aguarde.

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