Servidores do TJPE em Petrolina cruzam os braços

por Carlos Britto // 09 de maio de 2011 às 19:29

Quem precisou ir ao Fórum de Justiça em Petrolina, na manhã desta segunda-feira (09), deparou-se com portões fechados por conta da paralisação dos servidores. No município, mais de cem profissionais lotados no Fórum decidiram seguir as diretrizes do sindicato no Recife, e cruzaram os braços.

Segundo o coordenador do movimento grevista em Petrolina, Francisco Kleber da Silva, eles querem, entre outros itens, que o aumento da jornada de trabalho – de seis para oito horas – seja compatível com o reajuste salarial da categoria. O Tribunal só oferece 10%, mas pelos cálculos do sindicato, deveria ser de pelo menos 33%.

Outro ponto diz respeito ao Plano de Cargos e Carreira dos servidores da Justiça, o qual traz prejuízos aos funcionários mais antigos, desconsiderando seu tempo de serviço. “Quem tem 20 anos de serviço, pelo plano só vai ser contado a partir de dez”, informa Francisco Kleber.

Audiências corriqueiras e casamentos civis foram suspensos enquanto durar o movimento. Enquanto durar a paralisação, apenas serviços como emissão de habeas corpus, audiência de réus presos e outros relacionados à saúde de crianças e adolescentes serão despachados.

Para o coordenador, possivelmente a paralisação será por tempo indeterminado, já que o diálogo com o Tribunal não tem sido fácil. Exemplo disso foi uma norma determinada pelo órgão, restringindo reuniões dos servidores com o sindicato. “Estamos vivendo num País onde a justiça vai de encontro à própria justiça, restringindo direitos dos servidores”, desabafa.

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