Insatisfeito com a falta de diálogo e a defasagem do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) do quadro da Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco (Funape), o Sindicato dos Servidores da Gestão Previdenciária de Pernambuco (Sisgeppe) cobra uma maior atenção do governo do Estado com a categoria. Nesta terça-feira (3) eles estiveram na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) conversando com parlamentares sobre a situação da categoria.
De acordo com o (Sisgeppe), existe uma crescente defasagem dos vencimentos do quadro de profissionais da área na gestão estadual, o que tem provocado um número elevado de saída servidores. Eles têm optado, inclusive, por cargos de nível médio de outros órgãos considerados mais atrativos. O Sisgeppe se baseia nos números do último concurso público, realizado em 2017, quando 60% dos convocados não assumiram o cargo de analista jurídico-previdenciário ou analista de gestão previdenciária, além de ressaltar a alta evasão, apontando que 50% dos profissionais pediram exoneração.
“Existe um Projeto de Lei Complementar, que trata sobre novos cargos da Funape, da taxa de administração e reestruturação da fundação pronto na Casa civil, aguardando desde dezembro o envio para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, mas não sabemos o motivo pelo qual até o momento não foi enviado”, afirmou o presidente do Sisgeppe, Manoel Bastos.
O Sigeppe ressalta a necessidade de realização com urgência de um concurso público já com a valorização da carreira para reposição do quadro, para evitar mais saídas, além de permitir a chegada de novos servidores. Destaca ainda que houve uma solicitação formal da Funape à Secretaria de Administração de Pernambuco em janeiro deste ano, mas que até o momento não avançou.
Quadro
Atualmente a Funape conta com apenas 98 servidores efetivos, entre analistas jurídicos, analistas em gestão previdenciárias e profissionais do quadro suplementar. Um número pequeno para quem possui a responsabilidade de administrar uma folha de pagamento mensal de R$ 500 milhões e mais de 100 mil beneficiários. “Uma situação preocupante para quem trabalha com dados de tamanha importância, sobre pensões e aposentadorias. É necessário um maior investimento para a valorização do quatro atual, mas também para que seja uma carreira mais atrativa”, declarou o presidente do Sisgeppe.


