Serviços de Psicologia da Univasf são interrompidos e comunidade cobra solução

por Carlos Britto // 03 de dezembro de 2025 às 11:15

Foto: Blog do Carlos Britto

Os atendimentos do Centro de Estudos e Práticas em Psicologia (CEPPSI) da Univasf estão interrompidos desde a última segunda-feira (1º). Segundo informações de um servidor, a paralisação ocorreu porque a psicóloga responsável técnica entrou em licença-capacitação e a Administração Superior da universidade não designou um profissional para assumir o posto durante o período de afastamento, que segue até 28 de fevereiro de 2026. O CEPPSI atende estudantes da Univasf e a comunidade do Vale do São Francisco, funcionando como importante porta de entrada para acompanhamento psicológico em casos de crise, risco de suicídio e outras situações que exigem cuidado especializado.

Ainda segundo informações, a possibilidade de descontinuidade havia sido alertada ao Sindicato dos Servidores (Sindunivasf) em assembleia no último dia 19 de novembro. Desde então, a direção do CEPPSI vinha solicitando oficialmente a substituição da servidora, mas não obteve resposta positiva por parte da gestão da universidade. Com a falta de substituição, os atendimentos clínicos, incluindo escutas psicológicas, acolhimentos e casos de urgência em saúde mental, foram suspensos. “O impacto é significativo: somente no mês de outubro, 646 agendamentos ocorreram no turno que ficou descoberto, número que demonstra a alta demanda pelo serviço,” contou.

O servidor ainda destacou que a interrupção também prejudica diretamente os alunos de Psicologia, que realizam estágios curriculares obrigatórios e atividades práticas no CEPPSI. Sem o serviço ativo, há risco de atraso na formação e impacto negativo na avaliação presencial do MEC, prevista para o primeiro semestre de 2026.

O Colegiado de graduação e pós-graduação, além de residentes multiprofissionais, emitiu manifestos alertando que a descontinuidade causa prejuízos éticos, técnicos e institucionais, colocando em risco a qualidade da formação e o compromisso da universidade com a comunidade. Entidades representativas da universidade afirmam que o CEPPSI já vinha funcionando em condições precárias e com equipe reduzida, e que a ausência da psicóloga responsável inviabiliza totalmente o atendimento. Os grupos pedem que a Administração Superior tome medidas imediatas para recompor o serviço e garantir a continuidade das atividades durante o período de afastamento. A redação encaminhou a demanda para a Univasf e aguarda retorno sobre as providências que serão adotadas para restabelecer o funcionamento do CEPPSI.

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