Usar espécies nativas da flora regional do semiárido para alimentação de caprinos e ovinos e fazer o plantio de sementes crioulas, derivadas dos cultivos tradicionais, sem uso de agrotóxicos. Estas são algumas das vivências apresentadas por representantes de comunidades do semiárido baiano, durante oficinas promovidas pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), autarquia da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, visando à elaboração do Plano Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAE-Bahia).
Os encontros fazem parte do Programa Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAE-Bahia). Além da formulação do Plano, o evento busca socializar, discutir, consolidar e legitimar as propostas e ações positivas que são desenvolvidas pelas comunidades na região do semiárido baiano para combater ou reduzir os efeitos da seca.
A próxima oficina, também supervisionada pelo Ingá, será realizada nas próximas terça, quarta e quinta-feiras (27, 28 e 29), na cidade de Paulo Afonso, e terá como foco dos debates as experiências populares vivenciadas por representantes da comunidade local.
Com o mesmo objetivo, o Ingá já realizou encontros em Guanambi (16 a 18/06) e em Irecê (13 a 15/07). Para o encontro de Paulo Afonso estão convidados a participar diretamente, inclusive apresentando contribuições, membros da sociedade civil organizada, comunidades indígenas, do Comitê da Bacia Hidrográfica Itapicuru, do Colegiado do Território do Semiárido Nordeste II, além de representantes de órgãos municipais, estaduais e federais, dirigentes de entidades do setor produtivo, da comunidade científica e de outros segmentos regionais. No final da oficina de Paulo Afonso, os participantes deverão eleger dois representantes, um titular e suplente, para compor o comitê gestor do PAE-Bahia, como aconteceu durante os encontros de Guanambi e Irecê.


