As medidas restritivas impostas pelo Governo de Pernambuco para cidades do Agreste, sobretudo Caruaru e Agreste, em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), passaram a valer desde ontem (26). Isso não significa, no entanto, que o Sertão esteja isento de sofrer novamente uma nova quarentena mais rígida.

Em coletiva de imprensa concedida ontem (26) no Recife, o secretário estadual de Saúde, André Longo, citou Petrolina – principal cidade sertaneja – como exemplo do que não deveria ter feito. “Foi precipitado o movimento de algumas prefeituras de retomar o movimento antes do Estado. Foi o que ocorreu em Petrolina, mas a justiça interveio de forma adequada para segurar, para a gente observar mais. Não havia maturidade nos números, como nós advertíamos, lá em Petrolina para uma retomada mais rápida (da economia) do que o Estado. Então, é preciso ter cautela nessa retomada das atividades, para não tropeçar nas próprias pernas”, afirmou.

Longo frisou que o número absoluto de infectados pela Covid-19 no Agreste é bem maior que o Sertão. Porém o secretário revelou que a taxa de transmissibilidade da doença no Sertão é mais elevada que no Agreste. O detalhe, segundo ele, é que isso não significa necessariamente um descontrole da doença na região, se comparado com a outra.

Por este motivo, ele ressaltou que o foco do comitê de enfrentamento ao novo coronavírus, agora, é o Agreste. “Preocupa, mas neste momento preocupa muito mais o Agreste. Mas estamos observando muito o Sertão. Todos precisamos nos cuidar. Mesmo na (Região) Metropolitana, onde há hoje um controle maior da doença, é preciso tomar todos os cuidados para evitar a transmissão do vírus. Não se enganem, o vírus está aí e ele é perigoso”, alertou Longo.