Durante coletiva de imprensa promovida ontem (2), a secretária de Saúde de Petrolina, Lúcia Giesta, apresentou os resultados do Levantamento Rápido de Infestação do mosquito Aedes Aegypti (LIRAa), que mostra os bairros com maior índice de infestação do mosquito da dengue.

Segundo o levantamento, em 1º lugar aparecem os bairros São Gonçalo, Jardim Petrópolis e a Vila Chocolate. Em 2º lugar estão os bairros Dom Avelar, São Jorge e Terras do Sul. Já em 3º lugar aparecem o Jardim Brasília, Cohab IV, Cohab V, Alto do Cocar e Jardim Amazonas. Em 4º e último lugar estão as comunidades do João de Deus e  Loteamento Bela Vista.

Devido aos números, a secretária explicou que estas comunidades receberão atenção especial. “Estes bairros são os de maior interesse neste momento, pela concentração de mosquito. Mas os nossos agentes estão andando de casa em casa”, afirmou.

Perigo que vem da água

A preocupação é que, além de transmitir o vírus da dengue, o mosquito Aedes aegypti também é hospedeiro de dois outros vírus que causam a febre chikungunya e o zika – este último tem relação direta com o surto de microcefalia.

Segundo o LIRAa, os depósitos predominantes onde são encontradas as larvas do mosquito são vasos de plantas, ralos de varanda e calhas, depósitos de água sem tampa, lixo e sucatas em pátios de ferro velho. Por isso, as recomendações das equipes de saúde são vistorias frequentes, limpeza de calhas e vedação dos depósitos de água.

Devido ao problema, a Lúcia informou que um ofício já foi enviado à Compesa para que a Companhia tome providência com relação à falta d’água que obriga os moradores a armazenar o líquido nas suas casas.

“Temos estudos que comprovam que 82% dos casos de infestação de dengue têm relação com o acúmulo de água. Então encaminhamos um ofício para a Compesa pedindo que ela se posicione sobre a falta de água que obriga as pessoas a armazenarem água em suas casas. Tem bairros que ficam dois, três dias sem água  e não tem outra alternativa a não ser armazenar água”, informou.