A decisão do Governo de Pernambuco de suspender as inscrições do Concurso Público Unificado e enviar um projeto de lei à Assembleia Legislativa (Alepe) criando cotas raciais nos certames do Estado repercutiu na reunião plenária dessa segunda (13).
A deputada Rosa Amorim (PT) qualificou os movimentos que levaram à decisão da governadora Raquel Lyra como marcos históricos na luta antirracista. De acordo com a parlamentar, é a primeira vez que o governo do Estado reconhece que um certame público não pode acontecer sem que haja a reserva de vagas para negros, indígenas e quilombolas.
“Foi a indignação e a mobilização da população diante da ausência de cotas que levou o governo a suspender temporariamente as inscrições do concurso, reconhecendo a necessidade urgente de inclusão racial. Isso foi um ato político de profunda importância. Eu diria que a gente está diante de um fato histórico”, declarou.
A gestão estadual anunciou o envio da matéria na última sexta (10) em regime de urgência. O texto institui a reserva de 30% das vagas ofertadas para pessoas pretas, pardas, quilombolas e indígenas. A parlamentar pediu a colaboração dos colegas para que o projeto seja apreciado rapidamente.


