A falta d’água generalizada em Petrolina mais uma vez rendeu embate entre governistas e oposicionistas na Câmara Municipal de Petrolina. O assunto foi levado a plenário na sessão ordinária de ontem (28) pelo líder da base de situação, vereador Diogo Hoffmann (UB). Ele já havia adiantado que iria propor uma audiência pública para debater, com demais representantes do Poder Público, a situação crítica de desabastecimento na cidade. Foi que fez. Durante a sessão, Hoffmann apresentou o Requerimento 611/2025, solicitando a audiência.

“Esse não é apenas um requerimento, é um pedido de socorro da população de Petrolina. A situação está insustentável. Está faltando água na cidade toda”, desabafou. “Ah, mas está vindo uma concessão…não importa o que está vindo. A água tem que chegar agora. Quem tem sede, tem pressa. Não dá mais para ficar sem água, A situação está inadmissível. Onde já se viu, morar na beira do rio e não ter água na torneira. A Compesa precisa dar uma resposta, a governadora Raquel Lyra precisa dar uma resposta, o povo de Petrolina não aguenta mais”, declarou o governista, que colocou o documento para ser subscrito pelos demais colegas. Ele também solicitou a Osório Siqueira (Republicanos), presidente da Casa Plínio Amorim, que a audiência possa ser marcada o quanto antes.

Em contrapartida, o oposicionista Ronaldo Silva (PSDB) afirmou que o requerimento de Hoffmann não passa de mais uma “politicagem” da base governista. Ele lembrou que, se audiência pública resolvesse o problema, seria o primeiro a respaldar a proposta. “Vocês têm que fazer é o contrário: me seguir. Vão ao Recife, vão atrás da governadora, da Compesa, igual este vereador foi atrás de recursos e de prazo para que essa calamidade de falta d’água possa acabar. E não blá blá blá, porque audiência pública não se resolve nada, isso é mais politicagem o que vocês querem fazer”, desabafou Ronaldo. Ele informou que o Estado está investindo R$ 100 milhões para sanar o problema.

A fala do oposicionista foi contestada em peso pelos governistas, os quais afirmaram que o esforço de Ronaldo junto ao governo estadual não surtiu nenhum efeito até agora. O requerimento foi aprovado por 15 votos a favor e um contra – justamente o de Ronaldo.