O representante da Associação dos Feirantes da Areia Branca, Josenilson Souza, o ‘Dedezinho’ (foto), contestou veementemente a informação divulgada pela administração municipal, sobre uma reunião realizada no início desta semana, entre o prefeito Julio Lossio e marchantes de Petrolina, que tratou do matadouro público.

Marchante há quase 30 anos, Dedezinho assegurou que o encontro, ocorrido num restaurante do Centro da cidade, não havia nenhum profissional da categoria. A declaração foi dita por ele diretamente ao líder do governo na Casa Plínio Amorim, vereador Ednaldo Lima, durante debate no programa ‘Manhã no Vale’, da Rádio Jornal.

Dedezinho garantiu, primeiro, não ter sido convidado para a reunião. Em seguida, afirmou que apenas “os boiadeiros” (ou seja, os comerciantes que compram o gado dos criadores e o revende aos marchantes) estiveram presentes. “Não vi um marchante por lá”, criticou. Dedezinho informou ainda que mesmo os boiadeiros que foram à reunião, não saíram satisfeitos com a conversa que ouviram de Lossio. Já o líder governista defendeu mais uma vez o gestor na questão.

Segundo Ednaldo, essa foi uma tentativa do prefeito em dialogar com a categoria, mas lamentavelmente os marchantes não compareceram. “O que percebemos é que quem está num posicionamento contrário ao que aconteceu (a reunião), não quis conversar com o prefeito”, argumentou. Dedezinho, no entanto, rebateu o líder mais uma vez, ao alegar que Lossio não foi dialogar com a categoria. “Ele chamou para dizer o que ia acontecer, e não para dialogar”. O marchante adiantou que a única proposta do gestor na reunião foi a de que veículo ficaria disponível para  pegar os caprinos para serem abatidos em Juazeiro (BA) – o que a categoria considera insuficiente. Dedezinho disse temer, ainda, que Petrolina retroceda há 30 anos, quando os marchantes eram até acompanhados pela polícia. E indagou: “Por que não construir um novo matadouro? Petrolina merece, isso é saúde pública”, completou.