PSDB não aceita perder indicação de vice na chapa de Armando para Solidariedade

por Carlos Britto // 27 de junho de 2018 às 13:33

Foto/divulgação

Em meio ao debate que envolve a hipótese de ingresso do Solidariedade (SD) na Frente das Oposições ‘Pernambuco Vai Mudar’, o sinal amarelo acendeu no ninho tucano. No PSDB, não passa batida a relação do presidente estadual do SD, Augusto Coutinho, com o deputado federal e pré-candidato ao Senado, Mendonça Filho (DEM).

Apesar de estar na base de Paulo Câmara (PSB), Augusto já declarou voto no democrata, que é seu cunhado e concorrerá ao Senado pela oposição.

Nas hostes do PSDB, não se cogita abrir espaço para o Solidariedade na chapa majoritária e pesa, para isso, nos bastidores, a seguinte conta: “Augusto já tem o cunhado candidato ao Senado, a cunhada vai concorrer à Assembleia Legislativa, o sobrinho concorre à Câmara Federal e ele também. Querem colocar o genro na vice?“.

O alerta se estende ao fato de o único prefeito do DEM, Maviael Cavalcanti, votar no governador Paulo Câmara e não em Armando Monteiro Neto. “O PSDB é Madre Teresa de Calcutá?”, questiona um membro do ninho tucano em reserva. O PSDB é o partido com maior tempo de TV da aliança e tem articulado para que prefeitos que nutrem dificuldades políticas com o pré-candidato a governador votem nele. Nesse cálculo, entram Joaquim Neto (Gravatá) e Edson Vieira (Santa Cruz do Capibaribe).

Acenos

Armando fez dois acenos ontem, durante o evento em que o clã Ferreira anunciou apoio à oposição. Um deles foi ao PSDB. Enalteceu “o papel construtivo” que o presidente da sigla, Bruno Araújo, tem desempenhado “sem personalismos estreitos“, “sempre querendo ajudar nessa construção”. O outro gesto foi à família Ferreira: “Quando me perguntam quando vamos fechar a chapa, quais os nomes, eu tenho dito que, agora, vocês estarão dentro dessa frente e vão construir conosco essa solução“. A despeito disso, não ficou cravado que André Ferreira estará na vaga do Senado. Ficou certo que, em relação à distribuição das vagas restantes na majoritária, não tem nada certo. (Fonte: Folha Política/Folha de PE)

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