A polêmica do Matadouro Municipal de Petrolina chegou de vez às feiras livres da cidade. Desde o dia de ontem (23) um protesto contra o provável fechamento do matadouro levou os donos de bancas de carne a cruzar os braços.

Numa das feiras mais frequentadas, a da Areia Branca (foto), na zona leste da cidade, em lugar das carnes de bovinos, caprinos e suínos estão espaços vazios e faixas de protesto contra a decisão da prefeitura de encerrar as atividades do matadouro no próximo dia 2 de fevereiro.

Desde a última sexta-feira (22), os marchantes resolveram não abater animais, como forma de pressionar a administração municipal e sensibilizar o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) a reavaliar a decisão sobre o matadouro.

Na quarta (20), uma grande mobilização pelas ruas de Petrolina reuniu marchantes, feirantes e boiadeiros, que foram até à sede da prefeitura. A categoria não quer, de forma alguma, que o abate de animais seja feito em Juazeiro (BA). Entre outros argumentos está o de que pagarão mais impostos, o que encarecerá o preço da carne ao consumidor final em Petrolina. Além disso a maioria das feiras da cidade não tem câmaras de resfriamento para receber a carne abatida em Juazeiro. Há também a ameaça de que o abate clandestino aumente em Petrolina, caso o matadouro feche as portas. O impasse permanece e, pelos últimos acontecimentos, está longe de um final feliz.